Somente a Frente Democrática tem chapa majoritária em Rondônia, preocupação é Cassol concorrendo a governador, qual a importância do candidato a vice?
Vice – O vice influencia numa eleição? Uma boa parte dos dirigentes partidários dizem que sim, mas há controvérsias. Em nível nacional, o vice de Lula da Silva, do PT, que é pré-candidato a presidente da República, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alkmin (PSB) é uma enorme interrogação. Em campanhas anteriores a presidência da República, Alkmin, na época no PSDB, foi adversário de Lula, perdeu, e sempre “desceu a lenha” no adversário petista, o mesmo que ele elogia hoje, que é seu parceiro de chapa na corrida à presidência da República. Não se sabe como será a exploração pelos adversários, lógico, dos “elogios” de Alkmin a Lula. A parceria será positiva ou negativa?
Vice II – O cargo de vice também mobiliza os bastidores da política em Rondônia. Os grupos políticos considerados mais fortes, devido aos pré-candidatos aos cargos majoritários (governador e senador), e proporcionais (deputados federais e estaduais) somente a Frente Democrática (PT, PCdoB, PV, Rede, Psol, Solidariedade, PSB) e o PDT, que entrou no grupo esta semana tem a chapa majoritária completa. A FD tem Daniel Pereira (Solidariedade) pré-candidato a governador, Anselmo de Jesus (PT) a vice e Benedito Alves (PDT) ao Senado. Não estão descartadas mudanças até a convenção, que será realizada no domingo (31), às 9h na sede do Sindsef em Porto Velho. É que o senador Acir Gurgacz, presidente do PDT em Rondônia acredita que será liberado para concorrer nas eleições de outubro próximo. No caso, Benedito disputaria a Câmara Federal e Acir a reeleição.
Vice III – Os demais pré-candidatos com maior destaque nas pesquisas e enquetes já realizadas, são o senador Marcos Rogério, presidente regional do PL, que tem como pré-candidato ao Senado o empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli, deputado federal e presidente do Podemos no Estado, Léo Moraes e o governador e presidente estadual do União Brasil, Marcos Rocha, que estão em pré-campanha, mas sem vice e nomes para o Senado. Esta semana circularam fortes comentários, que o vice de Rocha é Sérgio Gonçalves, irmão do chefe da Casa Civil e assessor que toma as decisões no governo, mas houve muita resistência dos partidos parceiros, o MDB e PTB, que pretendiam indicar o vice. A convenção do União Brasil já ocorreu, mas ficou definida somente a pré-candidatura à reeleição de Rocha e dos cargos proporcionais (deputados federais e estaduais). As vagas de vice e Senado ficaram em aberto. É importante lembrar, que o último dia para realização das convenções é 5 de agosto, mas o prazo para apresentação das listas para análise do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) é 15 de agosto. Até lá teremos muitos desdobramentos na política regional. Mas o problema maior é a escolha dos vices.
Federal – O ex-prefeito de Porto Velho, advogado José Guedes, nome expressivo na política de Rondônia e um dos fundadores do PSDB, nacional está retornando à militância. O partido tucano foi formado com dissidentes do PMDB em 1988 e Guedes, junto com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Mário Covas e José Serra está entre os fundadores. Guedes esteve anos fora da mobilização político-partidária no Estado. Hoje em razão de praticamente ocorrer a dissolução do partido, após a ex-presidente regional, deputada federal e pré-candidata ao Senado nas eleições de outubro próximo, Mariana Carvalho, se filiar ao Republicanos, Guedes pretende reerguer a agremiação em Rondônia. Recentemente, disse que pretendia disputar a sucessão estadual, mas não teve respaldo. Agora, diz que trabalha uma pré-candidatura a deputado federal. O ex-prefeito é um nome bem relacionado com o eleitorado, o problema é o quociente eleitoral, que deverá ser de 80 mil a 100 mil votos. Faltam mais parceiros para que uma das oito vagas seja ocupada dos tucanos.
Cassol – Além dos nomes já citados (Rocha, Rogério, Léo e Pereira) os parceiros do ex-governador Ivo Cassol (PP), que está inelegível, garantem que ele deverá ter a candidatura liberada pela Justiça Eleitoral e entrar na disputa pelo governo do Estado. A situação de Cassol deve ser julgada na próxima semana e, as possibilidades de ele poder concorrer à mais importante cadeira política do Estado, a do Palácio Rio Madeira, que ele construiu durante os seus dois mandatos seguidos de governador, são boas. Se a previsão, hoje, é de disputa equilibrada, de acordo com os nomes citados de pré-candidatos à sucessão estadual, a provável chegada de Cassol muda todo o quadro. Ele é um político experiente, foi um bom administrador público, fala a linguagem do povo e deixou o governo pelas portas da frente, para uma eleição vitoriosa ao Senado. É nome de enorme peso político-eleitoral no processo eleitoral de Rondônia.
Respigo
A candidatura a vice-governador foi assunto principal da coluna de hoje (29). Ainda está faltando uma informação, também da maior importância +++ O ex-presidente da Assembleia Legislativa (Ale), Maurão de Carvalho (PTB), que estava cotado para concorrer aos cargos a vice de pré-candidatos ao governo e de suplente ao Senado, disse que este ano não será candidato a nenhum cargo eletivo. Está insatisfeito com vários acontecimentos nos bastidores, inclusive “trairagem”, o que é comum na política regional, e que irá se dedicar à família e aos seus negócios +++ Hoje (29) a Escola do Legislativo, que é mantida pelos deputados estaduais encerrou sua participação na 35ª Expoari, de Ariquemes. Desde segunda-feira (25), que a escola promoveu no seu estande na Expoari, palestras e oficinais de Libras e Fotografia à comunidade +++ Todas as manhãs foram ministradas, antes da apresentação dos cursos e oficinas, palestras abordando o agronegócio com a participação de produtores rurais da região. “Foi uma semana corrida, mas cumprimos nossa missão interagindo com a população, através das palestras e oficinas e cursos”, disse o diretor-geral, Fábio Ribeiro, que com sua equipe, comandou todas as ações de interatividade durante o período de permanência na Expoari 2022.
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