Vai ‘Cruzeirar’? Corinthians se preparou para contratar quarteto de peso

É inegável que tudo o que gira em torno do Corinthians gera grande repercussão. E com as recentes contratações não é diferente. Após os anúncios de Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes e o acordo firmado desde o último sábado, 28, com Willian, o Corinthians se tornou o principal protagonista desta janela de transferências. Mas, afinal, isso é bom ou ruim? O Corinthians tem como bancar todos esses reforços? De onde o Corinthians tirou tanto dinheiro depois dos recentes anúncios de dívidas astronômicas do clube, beirando inclusive R$1 bilhão, fora a Neo Química Arena? Para entender o movimento feito pelo clube é necessário traçar uma linha do tempo, não muito distante, desde a chegada de Duílio Monteiro Alves à presidência.
O que a diretoria atual encontrou ao assumir o clube foi basicamente terra arrasada. De 2010 a 2020 a dívida do Corinthians subiu de R$121 milhões para R$957 milhões. Em um período ainda mais curto, de 2017 a 2020, aconteceu o maior salto. A dívida do clube saiu da casa dos R$400 milhões para se aproximar de R$1 bilhão. É bem verdade que o grupo político no comando do Corinthians em todo esse período é o mesmo, formado por Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Andrés Sanchez e Duílio, da chapa “Renovação e Transparência”. Mesmo grupo, ideias distintas. Ao menos é isso que parece até o momento da publicação desta matéria. Enquanto com Andrés a dívida teve o maior salto, com o atual presidente a filosofia é de contenção de gastos. Dentro de campo, a situação financeira caótica começou a ser evidenciada na temporada 2021. Sem dinheiro para contratar e eliminado na semifinal do Campeonato Paulista, na primeira fase da Copa Sul-Americana e na segunda fase da Copa do Brasil, o frágil time do Corinthians despertou a ira da torcida, que promoveu uma série de protestos contra a diretoria e o elenco.