50% da bancada federal de Rondônia é do União Brasil, mesmo “massacrados” nas redes sociais pai e filha se elegem, Deiró e Glaucione surpreendem nas eleições
Lebrão/Lebrinha – A eleição do deputado estadual Eurípedes Lebrão (UB-São Francisco do Guaporé), à Câmara Federal, nas eleições de domingo (2) e, da sua filha, Gislaine Lebrinha (UB) a deputada estadual demonstra a força política da família na região da BR 429. Lebrão e Lebrinha foram denunciados em episódio de corrupção relacionados a pagamento de propina por empresa de coleta de lixo, inclusive envolvendo mais três prefeitos, Glaucione Rodrigues Neri (MDB), Luiz Ademir Schock (PSDB) e Marcito Pinto (PDT), respectivamente, mandatários das cidades de São Francisco do Guaporé, Rolim de Moura e Ji-Paraná. Lebrinha e Glaucione concorreram à Assembleia Legislativa (Ale), pois estavam elegíveis com a primeira se elegendo. A eleição de Lebrão e Lebrinha é uma volta por cima de ambos na política regional, porque foram “massacrados” nas redes sociais.
Federal – A bancada de deputados de Rondônia na Câmara Federal é de oito parlamentares. Três conseguiram se reeleger: Sílvia Cristina e o coronel Chrisóstomo Moura, ambos do PL, e Lúcio Mosquini, que preside o MDB no Estado. Três dos atuais deputados não concorreram à reeleição, porque optaram por novos cargos, como são os casos de Mariana Carvalho (PRB), que tentou o Senado e ficou como segunda colocada; Léo Moraes (Podemos), terceiro colocado na sucessão estadual e Jaqueline Cassol (PP), que não conseguiu se eleger senadora, sendo a terceira mais bem votada e, como só estava na disputa uma vaga ficará sem mandato a partir de fevereiro do próximo ano, assim como Mariana e Moraes.
Federal II – Cinco deputados federais são novatos. O mais bem votado, Fernando Máximo (UB), ex-secretário de Estado da Saúde, que somou 85.604 votos; Maurício Carvalho (UB), vice-prefeito de Porto Velho; Thiago Flores (MDB), ex-prefeito de Ariquemes; Cristiane Lopes (UB), ex-vereadora de Porto Velho e o deputado Lebrão, também do União Brasil. O partido presidido no Estado pelo governador Marcos Rocha (UB), que concorre à reeleição com o senador Marcos Rogério, presidente regional do PL, no segundo turno, elegeu quatro (50%) da bancada federal. O MDB também foi bem e elegeu dois federais. Reelegeu Mosquini e elegeu Thiago, que sempre teve como objetivo chegar a ocupar uma das vagas na Câmara Federal. As outras duas vagas ficaram com o PL com Sílvia Cristina, a segunda mais bem votada (65.012 votos) e o coronel Chrisóstomo. Não tivemos acesso ao número de candidatos eleitos pelo União Brasil nos demais Estados, mas certamente Rondônia, proporcionalmente, terá o maior número de federais eleitos.
Governador – As eleições do próximo dia 30, elegerão o presidente da República (Lula-PT ou Bolsonaro-PL) e o governador de Rondônia (Marcos Rogério-PL e Marcos Rocha- UB). Em Rondônia o futuro chefe do executivo estadual, a princípio, não terá dificuldades no relacionamento com a Assembleia Legislativa (Ale) e a Câmara Federal. Rocha e Rogério são de centro-direita. Dos 24 deputados estaduais (reeleitos e eleitos) 17 são ligados ao segmento centro-direita. Na Câmara Federal a situação não é diferente, pois todos os eleitos são de centro direita: 4 do União Brasil, dois do PL e dos do MDB. Falta de apoio para uma administração de qualidade não faltará ao governador, que comandará o jovem Estado a partir de janeiro do próximo ano.
Cacoal – A reeleição do deputado estadual Cirone Deiró (UB) com 22.207 votos, quarto mais bem votado no Estado não foi surpresa. A quantidade de votos, sim, pois tinha inúmeros adversários com perspectiva de enorme potencial de votos, como a ex-prefeita, ex-deputada estadual, Glaucione Rodrigues (MDB). Esperava-se bem mais de Glaucione, que foi eleita prefeita de Cacoal em 2016 tendo como vice Cirone Deiró, que se elegeu deputado em 2018, e agora conseguiu a reeleição com mais de 22 mil votos, demonstrando liderança local e regional e com amplas possibilidades de galgar novos degraus na política no futuro. Nunca é demais lembrar, que a reeleição, não importa o cargo é sempre bem mais difícil que a eleição. Também não se pode negar, que a votação pífia de Glaucione (4.485 votos), que estava bem cotada para se eleger, surpreendeu, negativamente.
Respigo
O inverno amazônico (chuvas) finalmente chegou a Rondônia. Nos últimos dias tem chovido com regularidade em todo o Estado, o que é bom para a agricultura, para a agropecuária e, o mais importante: à saúde das pessoas +++ Não é das mais fáceis a situação de muitos candidatos que disputaram as eleições no domingo (2), inclusive alguns, que buscavam a reeleição ficarem fora da lista de eleitos, ou reeleitos nas últimas eleições. Como sempre ocorre nessas ocasiões, com a chegada do dia da votação os “cabos eleitorais” começam a pressionar os candidatos, para investirem mais (grana) caso contrário ficará fora da lista de aprovados pelo eleitorado +++ Em Rondônia, muitos candidatos só não entregaram a alma, porque não encontraram quem comprasse devido ao temor de não conseguir sucesso. Hoje, muitos estão endividados e sendo pressionados pelos credores, os conhecidos agiotas e vários temem pela vida, pois não têm como “”pagar a conta” +++ No “Diário Oficial” da Ale-RO de ontem (3) demissões em massa no gabinete do deputado estadual Eyder Brasil (PL). Ele não se reelegeu, o mandato vai até o dia 31 de janeiro de 2023, mas já está enxugando o gabinete.
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