A esperança de Jorge Seif no TSE para manter o mandato

16 de abril de 2024 75

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira, 16, o julgamento que pode cassar o mandato do senador Jorge Seif (PL-SC). Ele precisa de quatro dos sete votos dos ministros do TSE para se manter no cargo e, segundo O Globo, seu futuro dependerá da ministra Cármen Lúcia.

“No mapeamento de votos dos dois lados a posição da vice-presidente do TSE, Cármen Lúcia, é considerada uma incógnita, o que a alçou ao posto de ‘fiel da balança’. A ministra será a terceira a votar no plenário, após se manifestarem o relator, Floriano Azevedo, e o ministro André Ramos Tavares”, diz o jornal.

Segundo O Globo, aliados e adversários de Seif apostam em um placar de 4×3, contra ou a favor do senador, a depender do voto da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) no caso.

O voto do relator, Floriano Azevedo, é dado como contra Seif. Ramos tTavares deve acompanhá-lo, assim como o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Do outro lado, a favor da manutenção do mandato de Seif, estariam Kassio Nunes Marques, Raul Araújo e Isabel Gallotii.

Lojas Havan

Seif é acusado pela coligação formada por Patriota, PSD e União Brasil de abuso de poder econômico por supostamente ter usado o helicóptero de um empresário na campanha, além de se beneficiar da estrutura das Lojas Havan, de Luciano Hang, e receber financiamento de um sindicato para se eleger.

As acusações foram derrubadas por unanimidade pelo Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), mas a coligação de Raimundo Colombo (PSD), que ficou em segundo lugar na disputa de 2022, recorreu ao TSE. Colombo recebeu 608.213 votos na última eleição, enquanto Seif venceu a corrida com 1.484.110 votos.

Sergio Moro

Além de definir mais um resultado da eleição de 2022, a julgamento chama ainda mais a atenção porque pode servir de termômetro para a mais aguardada deliberação sobre o mandato de senador de Sergio Moro (União-PR) pelo TSE.

Moro foi inocentado da mesma acusação de abuso de poder econômico pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), mas espera-se que seus acusadores recorram da decisão ao TSE.

 

Fonte: Redação O Antagonista