Apagão cibernético global paralisa voos e afeta TVs, bancos e outros serviços
As principais companhias aéreas dos EUA ordenaram escalas em terra na sexta-feira (19), alegando problemas de comunicação devido a um apagão cibernético – Crédito: Canva Fotos
Um apagão cibernético está provocando atrasos em voos, além de prejudicar serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo, nesta sexta-feira (19). As principais companhias aéreas dos Estados Unidos paralisaram todos os voos.
Voos afetados – apagão
As empresas American Airlines, Delta Airlines, United Airlines e Allegiant Air suspenderam voos menos de uma hora depois que a Microsoft disse que resolveu a interrupção dos serviços em nuvem que afetou várias operadoras de baixo custo.
Não ficou claro se o pedido para impedir a decolagem dos voos tinha relação com a interrupção anterior da nuvem da empresa Microsoft.
Segundo a rede de TV norte-americana ABC, nenhum voo da American Airlines, United e Delta deve decolar nas próximas horas. As viagens que já estão em andamento continuarão normalmente.
Bancos e telecomunicações
Na Austrália, a mídia, os bancos e as empresas de telecomunicações sofreram interrupções, que, de acordo com o governo do país, parecem estar conectados a um problema na empresa global de segurança cibernética Crowdstrike. O site crowdsourced Downdetector mostrou interrupções em vários bancos e empresas de telecomunicações.
A Crowdstrike publicou uma mensagem telefônica gravada nesta sexta-feira (19), quando a agência Reuters contatou seu suporte técnico dizendo estar ciente de relatos de falhas no sistema operacional Windows da Microsoft relacionadas ao seu sensor Falcon, sem mencionar a Austrália.
As interrupções reverberaram por toda parte. A Espanha relatou um “incidente informático” em todos os seus aeroportos, enquanto a Ryanair, a maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, alertou os passageiros sobre possíveis interrupções que, segundo ela, afetariam “todas as companhias aéreas que operam na rede” sem especificar a natureza das interrupções.
Impacto global
A professora Jill Slay, presidente SmartSat para segurança cibernética da Universidade do Sul da Austrália, disse que o “impacto global” da grande interrupção global é “enorme”, mas que era “muito cedo para tirar conclusões” a respeito das razões.
“Alguns atribuem isso aos serviços de segurança oferecidos pela CrowdStrike. Outros atribuem isso à Microsoft ou à Amazon. As autoridades e a indústria estarão monitorando, mas nesta fase é muito cedo para tirar conclusões”, explicou.
Slay disse que a interrupção “pode facilmente ser resultado de configuração incorreta por uma dessas empresas ou de ‘interferência’ entre produtos”.