Bolsonaro e Marcos Rocha confirmaram favoritismo, Lebrão e Luizinho coordenam legislativo, brancos, nulos e abstenção são alerta aos políticos
Eleições – As urnas do segundo turno confirmaram o que a maioria da população transmitia nas ruas: Jair Bolsonaro presidente da República e coronel Marcos Rocha governador de Rondônia, ambos do PSL. Bolsonaro obteve 55,13% dos votos válidos e Fernando Haddad (PT), 44,87%. Em Rondônia o coronel Rocha somou 66.34% dos votos válidos e Expedito Júnior (PSDB), 33,66%. Votação das mais significativas para quem nunca tinha disputa uma eleição.
Mobilização – Os políticos devem rever a maneira de trabalhar, pois o elevado índice, de votos nulos, brancos, abstenção, sinaliza que o povo não está disposto a comparecer às urnas. Em Rondônia nas eleições em segundo turno o elevado índice de votos descartados preocupa. É um número preocupante e demonstra a falta de interesse do eleitorado a cada eleição. Abstenção, nulos e brancos somaram 34,33% dos votos. Expedito obteve 33,66%. Os políticos que se cuidem.
Apoio – Como o PSL elegeu apenas um dos 24 deputados estaduais, o governador-eleito, o coronel Marcos Rocha terá que formatar parceria na Assembleia Legislativa (Ale), porque é impossível governar um Estado sem o apoio do Poder Legislativo. Rocha é um noviço na política e foi eleito graças ao efeito 17, do presidente eleito, Jair Bolsonaro, do PSL. E o novo governador –ainda bem– está ciente disso e disse em pronunciamento, após ser eleito, que já tem apoio de 14 dos 24 deputados. Isso demonstra que, apesar de iniciante, tem consciência política. Bom para o Estado.
Cone Sul – O deputado estadual reeleito Luizinho Goebel (PV-Vilhena) foi o terceiro mais bem votado do Estado, com 16.999 votos. Luizinho, no primeiro turno coordenou a campanha do governador-eleito Marcos Rocha, trabalho também realizado no segundo turno, quando se dedicou com mais empenho, pois como já estava reeleito pediu votos apenas para o governador. Certamente Luizinho deverá ter um bom espaço na administração de Marcos Rocha e será importante aliado na Assembleia Legislativa.
MDB – Os caciques do MDB de Rondônia já tinham se declarado favoráveis a Bolsonaro, antes mesmo do primeiro turno. A não reeleição do maior líder do MDB no Estado, senador Valdir Raupp sinaliza que a partir do próximo ano, o senador eleito Confúcio Moura é quem deverá assumir o comando do partido em Rondônia. Como Confúcio apoiou Marcos Rocha desde o primeiro turno, o MDB deverá estar aliado ao governador-eleito na Assembleia Legislativa, onde Eurípedes Lebrão (MDB) exerce forte liderança, inclusive sendo reeleito com a maior votação do Estado: 20.357 votos.
Respigo
O governador Marcos Rocha agora terá que se vacinar contra os bajuladores de plantão, que aparecerem quando alguém assume o poder. Sempre é bom lembrar que puxa-saco e formiga têm em todos os lugares +++ Há quem aposte que o colega Lenilson Guedes, um “militar” sem farda, que tem a maior dedicação com a PM ocupará a Superintendência de Comunicação do futuro governo do Estado. Se realmente o fato se concretizar não será nenhuma novidade, mas sim um reconhecimento à sua dedicação ao segmento +++ A crise econômico-financeira é aguda e deverá se manifestar mais agora, com o fim do período eleitoral. Comerciantes estão dizendo que, até quem não paga, não está comprando +++ A comunidade católica perdeu no último sábado uma das suas maiores expressões religiosas no Estado. Sistemático, mas enérgico e objetivo, Dom Armando Possamai, bispo emérito durante 24 anos de Ji-Paraná assinava coluna todos os domingos, no jornal “Folha de Rondônia” abordando, não apenas assuntos religiosos, mas também sociais e era uma das seções mais lidas do matutino.
Autor / Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica
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