Consignado pode tirar consumidor da inadimplência, aponta economista

26 de abril de 2018 514

Um levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revela que compras não planejadas com cartão de crédito lideram a lista do que leva o brasileiro a ficar inadimplente. Doença, desemprego, contas de telefone fixo ou celular e gastos com educação são outros pontos. “Para evitar endividamento, o consumidor deve ter receita maior que suas despesas. Tem gente que recebe herança ou ganha na loteria e a primeira coisa que faz é gastar. O certo em casos assim, quando se ganha um dinheiro extra, é gerar receita”, garante o economista Adriano Dias de Oliveira, de Goiânia.

Imprevistos também levam o consumidor a ficar endividado. Segundo o especialista, assim que as finanças ficarem comprometidas, o consumidor deve procurar negociar a dívida antes que ela aumente. “Deve negociar e pagar”. Ele recomenda, entre outras medidas, empréstimos consignados para os casos em que o total da dívida possa ser pago pelo empréstimo. “Quem contrai esse tipo de empréstimo deve lembrar-se que um percentual da receita mensal estará comprometida no período em que o contrato estiver valendo. Então, é vantagem pagar todas as contas e sair da inadimplência utilizando um consignado. Ele serve para os imprevistos”, assegura.

 

De 800 pessoas ouvidas em todas as capitais com consumidores inadimplentes ou que estiveram nessa situação nos últimos 12 meses, 8% optaram por contrair um empréstimo consignado para quitar dívidas. Segundo o SPC Brasil/CNDL, como o dinheiro do consignado sai direto do salário ou pensão do consumidor que o contrai, os bancos têm garantias maiores de recebimento do valor, o que permite que eles ofereçam taxas inferiores às das demais linhas de crédito do mercado. Outra vantagem do crédito consignado é que, como o banco tem a garantia de recebimento, a liberação do dinheiro na conta é rápida e com pouca burocracia. Além do mais, no consignado, segundo o Ministério da Previdência Social, é possível quitar a dívida em até 72 meses.

A sugestão de economistas para quem opta pelo consignado é cortar despesas não essenciais e economizar no orçamento doméstico até terminar de pagar o empréstimo. Com as dívidas quitadas – ou já negociadas – o consumidor deve apresentar os comprovantes de pagamento às lojas ou instituições que “sujaram” seu nome, fazendo o mesmo em bancos e cartórios. Por fim, verificar se o nome saiu dos sistemas do SPC e do Serasa. Segundo Oliveira, para manter as finanças em dia e evitar problemas, o consumidor deve mudar os hábitos e planejar o próprio orçamento.

(Foto: reprodução Internet)