Daniel ainda deve concorrer ao governo de Rondônia se candidatura de Gurgacz esbarrar no malhete de Fux
Porto Velho, RO – O atual governador de Rondônia Daniel Pereira (PSB) pode ser chamado de qualquer coisa entre bons e maus adjetivos, exceto desleal.
Manteve – até agora – a palavra empenhada ao assinalar nos últimos dias que a parceria com o PDT do senador Acir Gurgacz será mantida descartando a própria possibilidade de reeleição ao Palácio Rio Madeira.
O chefe do Executivo deixou claro, inclusive, que participaria do pleito como mero cabo eleitoral, espécie de figurante à sombra do congressista.
E só!
Mas a situação do pedetista é extremamente delicada, principalmente após ter sido condenado pelo Supremo (STF) em fevereiro deste ano a quatro anos e seis meses de prisão por crime contra o sistema financeiro.
Para todos os efeitos, embora existam caciques e pajés eleitoralistas que costumam fazer chover nos áridos terrenos da inelegibilidade regionalmente, Acir pode – e deve – esbarrar nos malhetes da instância superior.
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luiz Fux, também ministro do STF, engrossou o caldo tanto em Rondônia quanto em outros Estados do Brasil por onde passa proferindo palestras.
Ele costuma destacar publicamente que, enquanto presidir o TSE, “candidato ficha-suja não será registrado”.
“Política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Olha de novo e ela já mudou”
A frase batida de Magalhães Pinto, extremamente oportuna, renderia facilmente a Pereira um salvo-conduto em relação às próprias declarações caso, adiante, a candidatura do aliado restasse esmigalhada, resolvesse mudar de ideia e ir à peleja via urna.
Só que o pronunciamento borocoxô sobre tesão em relação à disputa, embora entre “amigos” e apresentado em reunião fechada com correligionários e demais parceiros, baqueou de antemão a figura de um regente confessadamente prostrado com o processo eleitoral.
E a postura decaída, que destoa à figura do há pouco vice-governador ativíssimo – esfomeado por realizações e espaço – não pode ser reflexo de outra coisa senão da decepção voltada ao próprio exercício administrativo do Estado de Rondônia: um prato cheio a potenciais adversários recheados de ânimo ofensivo.
Dr. Mauro Nazif não comprovou o que disse até o momento, mas se estiver certo e Confúcio Moura (MDB) realmente deixou para o sucessor “coisas que são dignas de prisão”, a letargia de Daniel pode ter nome, sobrenome e CPF. Nazif, pré-candidato a deputado federal, deve se antenar ao fato de que denuncismo genérico e barato não serve a quem quer que seja, muito menos à população; logo, apresentar provas é primordial para convalidar suas palavras.
Sendo assim, a ronçaria só passará caso o novo gestor tenha coragem e determinação para abrir a Caixa de Pandora da administração emedebista.
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VISÃO PERIFÉRICA
POR: VINICIUS CANOVA