É incompetência da Semtran ou falta de tinta para as lombadas?

14 de outubro de 2017 997

FILOSOFANDO

"O sábio pode mudar de opinião. O ignorante, nunca." IMMANUEL KANT (1724/1804). Considerado o principal filósofo da era moderna. Também realizou numerosos trabalhos sobre ciências naturais e exatas.

ISSO É PORCARIA

Amanheci nesse 13 de outubro com um dilema: parar de uma vez com a atividade de jornalista e até parar de escrever. Ainda não sei o que vou fazer. Estou desestimulado e decepcionado com a decadência do jornalismo de hoje, em todos os veículos e plataformas.

JORNAL DE JOSTA

Como alguém pode chamar de jornalismo aquilo que vi ontem numa das mais importantes redes de TV do país e num de seus principais jornais? Então o cachorro de rua, na cidade de Laranjal Paulista, entrou na igreja durante a cerimônia do casamento e decidiu deitar no véu de uma noiva e, por isso, acabou sendo adotado pelos nubentes... Meu Deus! Quanta mediocridade... É: o jornalismo está enterrado de verdade. A situação ficou tão vexatória para o jornalismo de qualidade, comprometido com a formação de opinião, com a obrigação de tratar de assuntos relevantes que dá vontade de parar de vez para não ser vítima dessa mídia ridícula.

DIFÍCIL

Sinto cada vez mais dificuldade para aceitar essa realidade do jornalismo atual. Deveria me adaptar, mas com tanta falta de profissionalismo dos jornalistas de hoje a ponto de achar coisa natural as constantes agressões ao vernáculo, isso é praticamente impossível. Assistir a telejornais e ler os exemplares da mídia impressa, tudo isso funciona como uma tortura.

TRAGÉDIA

Em Rondônia tivemos o fechamento do jornal Alto Madeira, logo após completar seu 1º Centenário. Vivemos uma tragédia cultural. Pouquíssimas coisas se salva do besteirol, principalmente na televisão.

Pode existir alguma coisa mais panaca do que o anúncio do "Estúdio I" na Globonews, onde Maria, a matrona que ancora o programa quase tem um orgasmo com o gritinho histérico da Janice? É um "m*", um autêntico jornalismo caricato.

PARA EMBURRECER

Desde a minha adolescência já se sabia que TV no Brasil serve apenas para deseducar, para emburrecer a massa. É esse o papel da televisão, impedir as pessoas de pensar e fortalecer o seu lado consumista. E ela se sai muito bem nisso, especialmente com essa "josta" chamada novela.

PARCIALIDADE

Nos primórdios aprendi que repórter não opina, apenas pergunta e descreve. Mas na mídia parcial de hoje isso não vale mais. Jornalista hoje (principalmente na TV) até na reportagem tem que demonstrar esperança, tem de fazer todas as manobras e manipulações de fatos e boatos para fazer a audiência crer. Há uma clara parcialidade na simples difusão dos fatos pontuais.

 

SEM CONTROVÉRSIAS

Jornalistas de hoje detestam a controvérsia. Preferem esse jornalismo instantâneo, bem diferente dos jornalistas de verdade do meu tempo.

O pior de tudo é que eles conseguem enganar por um tempo e vão se apresentando como arautos da informação. São apegados às suas próprias verdades, principalmente porque elas servem para consolidar seus empregos e garantir um quinhão maior das benesses que chefes de poderes. Lamentável.

SÓ DESINFORMA

Agora que estou aposentado não sei se terei estímulos para continuar na lida dessa profissão que abracei a mais 40 anos. Nesse momento em que até "editores" preferem seguir a atual leva de profissionais que acreditam na ideia de que no jornalismo se faz pensar, é uma porcaria; é penoso continuar. Seja no rádio, na televisão ou em qualquer outra mídia, o jornalismo emburreceu e se vulgarizou. Esse não o jornalismo ao qual me dediquei por quase toda a vida. Ele não é eficiente para manter as pessoas informadas sobre o que é verdadeiramente importante.

DESAFIO

O prefeito Hildon Chaves, de Porto Velho, capital de Rondônia, ainda não conseguiu vencer o desafio do trânsito dessa cidade, nem no aspecto da sinalização. E esse foi um dos compromissos assumidos na campanha que disputou.

O excesso de sinais semafóricos é fácil de ser verificado. Mostra falta de justificativas em projetos de engenharia de para a manutenção desse excesso, que começou ainda na malfada gestão do PT e avançou pelo período de Nazif, um personagem que nunca deveria ter chegado à prefeitura.

DESCONFIANÇA

Agora até na Vieira Cahula (importante via de ligação de bairros ao centro) há novos semáforos, colocados aleatoriamente em locais que sequer são cruzamento de vias e contam com pelo menos 3 faixas de travessia de pedestres e redutor do tipo lombada.

Como o novo prefeito é tido como homem probo (egresso do Ministério Publico) não há motivo para se desconfiar de que a proliferação indiscriminada de semáforos atende apenas aos interesses de fornecedores e de empresa responsável pela manutenção.

INCOMPETÊNCIA

De uma coisa há praticamente certeza: a Semtran portovelhense continua sendo "administrada" por medíocres e incompetentes. Se assim não fosse, certamente as lombadas – também existentes em excesso e colocadas sem aleatoriamente, sem qualquer projeto, seria pintadas com tinta reflexiva e muito bem sinalizadas, como exige a legislação pertinente. A não ser que a situação esteja tão ruça (apesar da enorme arrecadação com multas) que não exista dinheiro para comprar a tinta e os outros apetrechos necessários. E bate o bumbo...

NO ESCURO

Político faz tudo para salvar colegas, especialmente se não tiver que se mostrar a cara para o grande público. Com medo que o voto aberto deixe mal com a opinião pública os senadores que protegerem Aécio Neves, está sendo articulado que a votação seja secreta. Dessa forma ninguém saberia quem votou para salvar Aécio. Será mais uma vergonha, mas certamente o eleitorado dos senadores locais comprometidos com a proteção do colega mineiro não irá debandar em 2018.

NÃO IMAGINEI

Jamais imaginei que Carmen Lucia, uma esperança mais do que visível e constatada, fosse votar contra o Supremo, contra a credibilidade, contra a opinião pública, e consumando tudo isso, contra ela mesma. Agora nem o Chapolin Colorado poderá nos salvar. O Brasil se consolida como a terra da impunidade. Os políticos estão rindo à bandeiras despregadas.

EM LINHAS GERAIS (GESSI TABORDA)