Em Porto Velho o caso não é o colete, e sim quem está dentro dele: como lidar com crianças catarrentas

19 de julho de 2024 71

Em Vilhena, fontes do Entrelinhas confirmam que o prefeito delegado Flori teria se aliado a dono de empresa de coleta de lixo que fugiu para não ser preso; o suposto plano de um grupo de delegados para tomar o poder no estado, prendendo políticos e empresários, prejudicou o prefeito Alex Testoni no passado

Já cumprimenta

Em Porto Velho se diz que a pré-candidata do MDB, Euma Tourinho, já progrediu muito, tanto que está até apertando a mão de eleitores, ainda meio de longe, esticando o braço para manter alguma distância. Mas o bom é que ela já está cumprimentando. Quando sua pré-candidatura foi anunciada, no MDB, ela chegou atrasada e nem cumprimentou jornalistas que estavam lá para cobrir o evento. Já há uma significativa melhora, portanto.

Felizmente devolveram o colete ao advogado Breno Mendes

Colete

E ainda houve uma polêmica em torno do colete que ela estava usando. Colunistas como o professor Herbert Lins, Cícero Moura e Vinicius Canova escreveram sobre o adorno. Robson Oliveira chegou a dizer que o colete não importava, e sim o que tinha no bolso dele. Na verdade, o que importa mesmo é o que tem dentro do colete, no caso a própria Euma Tourinho. Ela precisa aprender a lidar com crianças catarrentas.

Catarrentos

Dizem que até o início do segundo turno Euma Tourinho já conseguirá segurar menino catarrento no colo, mas nesse momento é difícil exigir algo assim. Recentemente, em seus stories, foi postada uma foto da pré-candidata segurando uma criança, possivelmente catarrenta. O olhar de Euma não estava muito bom, tanto que a foto foi rapidamente excluída antes de ser printada pelo público. Se alguém printou, por favor, encaminhem.

Limpar

Seria interessante Euma começar a treinar: quando pegar uma criança catarrenta, limpa o nariz dela com os dedos mesmo, joga o excesso de catarro no chão e limpa a mão na roupa da própria criança. A roupa já vai estar suja mesmo. Pobre adora isso. E Euma tem andando com sua própria água, nas visitações. Isso já tem sido observado, e não está pegando bem, pois o comentário é que ela não bebe água da casa de pobre. É melhor deixar a água no carro, para beber escondida, ou para beber depois. Nas casas mais simples é melhor beber café, porque a água já está fervida e não oferece riscos.

Beba café

Se oferecerem água, ela pode dizer que já bebeu, e que prefere café. Pobre costuma encher o copo de café, e é bom beber tudo. É preciso ter estômago para beber muito café. Se o candidato demonstra que tem alergia a pobre, pega mal. Não se sabe a razão de o MDB não ter chamado o professor Herbert Lins para passar a Euma Tourinho algumas orientações sobre como lidar com pobre. Herbert está filiado ao MDB mesmo, e pode ajudar. Em Guajará-Mirim o povo gosta muito do professor. Na certa ele já aprendeu a lidar com criança catarrenta.

Preparada

Impossível criticar a capacidade de Euma Tourinho, ou sua educação. Trata-se de uma juíza aposentada, de uma mulher refinada, linda e inteligente. E ainda bem que aparentemente decidiram se desfazer daquele colete de mau gosto, que só estava enfeiando a apresentação dela nas redes sociais. Parece que o colete era mesmo do Breno Mendes, e já devolveram pra ele.

Vinícius Miguel pode ser o vice ideal

Léo Moraes

O pré-candidato do Podemos à prefeitura de Porto Velho, Léo Moraes, tem conversado com o presidente do PSB, Vinicius Miguel. Léo ofereceu a vaga de vice, mas Vinicius por enquanto está relutante. No PSB, apoiadores já disseram que é melhor seguir sozinho. Mas o caso é que uma aliança pode apresentar bons resultados.

Cresceu

O caso é que as últimas pesquisas mostram um crescimento de Mariana Carvalho em Porto Velho, devido às alianças. Para que Léo Moraes alimente esperanças de ir para o segundo turno, precisa de um aliado forte. Com Vinícius de vice, ficaria muito mais fácil. Se é que existe coisa fácil. Vinicius pode trazer com ele parte do PT.

Rolo compressor

Do jeito como está, quando Mariana colocar o bloco dela na rua, será como um rolo compressor na direção de Léo Moraes, devido à quantidade de gente. Ela tem o apoio da prefeitura, do governo, do presidente da Assembleia Legislativa e dos deputados estaduais com base na capital. Será muita gente nas ruas. Para enfrentar a máquina, Léo Moraes precisa de alianças.

Valdir Vargas intensificou a pré-campanha, de olho na terceira via

Valdir Vargas

Mesmo em um cenário assim há possibilidade de um outro candidato crescer. Valdir Vargas (PP) aposta nisso, por isso intensificou as reuniões da pré-campanha, tanto na área rural quanto na urbana. Ele vem do segmento empresarial e do agronegócio, por isso investe em ser a terceira via, já que aparentemente haverá uma espécie de confronto direto entre Mariana Carvalho e Léo Moraes. Por onde ele passa, suas propostas são bem aceitas.

Judas de Ariquemes

Enquanto isso, em Ariquemes, foi exonerado o assessor do deputado Alex Redano (Republicanos). Trabalhando há 20 anos com Redano e ganhando quase R$ 8 mil por mês, na corrida pela prefeitura ele estaria apoiando o adversário de Carla Redano, Rafael é o Fera (Podemos). O assessor já teria sido chamado de vários nomes, e foi comparado até a Judas Iscariotes.

Confiança

O blog apurou que Alex Redano não queria exonerar o assessor, apesar de os áudios vazados mostrarem o possível envolvimento dele em um plano para a distribuição de dinheiro de caixa dois pela turma do Fera, e a captação de apoio em troca de cargos na prefeitura. Bravo, o ex-assessor dizia que não tinha traído Alex, e que estava só ajudando o filho, que é pré-candidato a vereador na chapa de Rafael.

Traidor

Acontece que os demais assessores e apoiadores deram um aperto em Alex Redano, dizendo que não havia mais condições de continuar com aquela situação. Redano ainda teria argumentado que o agora ex-assessor é irmão de igreja, mas a pressão continuou. Apoiadores alertaram para o risco de manter um traidor no grupo.

Alto Paraíso

Em Alto Paraíso o presidente da Câmara de Vereadores permanecerá mesmo sentado em cima da denúncia contra um nobre compadre, quer dizer, contra um nobre colega que usou a caminhonete do Legislativo Municipal para ir a uma reunião com moradores de Porto Velho, em busca de votos. A prosopopeia para acalentar bovinos, mais conhecida como conversa para boi dormir, é que a Câmara não pode apurar denúncia anônima.

MPE

Uma instituição muito mais séria do que uma reles Câmara de Vereadores é o Ministério Público Eleitoral (MPE), que apura denúncias anônimas. A Câmara de Alto Paraíso não pode, por um regimento interno. É bom lembrar que algumas vezes esses regimentos são feitos por meia dúzia de cabeças de bagre, e que podem ser alterados, se houver vontade para isso. Em Alto Paraíso, pelo jeito, não há.

Moralização

Em Alto Paraíso praticamente todo mundo já sabe que o vereador usou a caminhonete pra ir à caça de votos. Se o presidente da Câmara resolver agir direito, pode pelo menos tirar o veículo oficial do nobre compadre, quer dizer, do nobre colega, e divulgar amplamente que fez o que era possível para evitar que um bem público fosse usado em pré-campanha eleitoral. No mínimo isso, ele poderia fazer, para demonstrar alguma moralização. A apuração do crime deverá ser feita pelo MPE, este sim, um órgão sério.

Flori, de novo

Já em relação a Vilhena, fontes do blog informaram que o dono da empresa de coleta de lixo que há alguns anos denunciou prefeitos de Rondônia, estava recentemente em Cuiabá. O delegado encarregado da operação era Flori Cordeiro (PL), atualmente prefeito de Vilhena. O empresário denunciou e fugiu, enquanto prefeitos eram presos. Agora, pelo jeito, a empresa dele faz negócios com a prefeitura de Flori. Pode isso, Arnaldo?

Moralista

É bom lembrar que Flori Cordeiro supostamente fez o maior carnaval em torno das prisões dos prefeitos, à época. Foram vazados vídeos mostrando prefeitos recebendo propina em espécie, e o material foi exibido pela imprensa nacional. Dando uma de moralista, Flori teria sido eleito prefeito, depois disso. Agora, a empresa do cidadão fugitivo teria vencido a licitação para coleta de lixo em Vilhena com uma ajudinha da prefeitura.

Flori Cordeiro, aparenta ter ligações mais perigosas que uma submetralhadora

Ajudinha

Na verdade, a empresa ficou em quarto lugar na licitação, mas a prefeitura teria dado um jeitinho de desclassificar a primeira, a segunda e a terceira colocadas. Assim, teria vencido a empresa do mesmo cidadão que delatou os prefeitos na operação que catapultou Flori à vida pública. Fica muito esquisito isso. Daqui a pouco começarão a se perguntar se o empresário fugiu porque assim decidiu, ou se recebeu alguma informação privilegiada sobre sua possível prisão, por isso teria se mandado.

Suja a imagem da PF

Coisas assim sujam a imagem da Polícia Federal. Essa história está muito esquisita, e merece ser investigada. Não dá para dizer que Flori conhece o empresário desde a operação, mas ele sabe quem é o cidadão, porque comandou a operação. O cara foge, Flori prende prefeitos e se elege, e agora a prefeitura dá uma ajudinha para a empresa do cara? Tomara que não seja isso o que está acontecendo.

Plano

Enquanto isso, existe um áudio atribuído ao delegado Júlio Cesar, que era da Draco II, falando de um suposto plano para tomar o poder no estado. No áudio, a voz fala que isso já está acontecendo no Mato Grosso, de delegados se candidatando, prendendo políticos, para que possam ganhar mídia, e prendendo empresários, para que eles vejam que precisam ser “amigos da Polícia”.

Achaque?

Aparentemente, e não é possível ter certeza disso, o plano seria ganhar pontos com o eleitor, com a prisão de políticos, e conseguir doações de empresários para uma campanha eleitoral. Seria isso, eles entenderem que precisam ser “amigos da Polícia”? Achaque na cara dura mesmo? Ou paga, ou cai em alguma operação orquestrada? Isso fica feio para a imagem da Polícia.

No final, viram que Alex Testoni era inocente

Ouro Preto

Agora o delegado Júlio Cesar é pré-candidato a prefeito de Ouro Preto do Oeste. O atual prefeito, Alex Testoni, que se cuide. Alex já foi preso em uma operação da Draco, e quase destruíram a carreira política dele. Depois se verificou que não era bem assim, que Alex Testoni era inocente, que nenhuma prova contra ele se sustentava, que o dinheiro encontrado era todo do próprio Alex mesmo, e daí por diante.

Prejudicado

À época, se dizia que era certa a eleição de Alex Testoni para o Senado. Depois da prisão, ele teve que recomeçar a carreira política, e agora é o prefeito de Ouro Preto. A carreira política dele foi interrompida. Ele poderia ter sido governador, mas… teve a ação da Draco. Vale relembrar que é atribuído ao delegado Júlio Cesar o áudio falando em um suposto plano para tomar o poder, com prisão de políticos, de prefeitos, de empresários que precisam ser “amigos da Polícia”.