EUA impõe sanções contra relatora da ONU que denunciou crimes em Gaza

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, informou, nessa quinta-feira (9/7), que impôs sanções contra Francesca Albanese, relatora especial da Agência das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinos Ocupados, que denunciou crimes israelenses contra a Faixa de Gaza.
“Hoje, estou a impor sanções à relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Francesca Albanese, pelos seus esforços ilegítimos e vergonhosos para incitar o tribunal internacional de crimes (a uma) ação contra autoridades, empresas e executivos dos EUA e de Israel. A campanha de guerra política e econômica de Albanese contra os Estados Unidos e Israel não será mais tolerada”, escreveu Rubio na rede social X.
Embargo contra Israel
- A relatora especial da Agência das Nações Unidas (ONU) para os Territórios Palestinos Ocupados, Francesca Albanese, pediu na última semana, que os Estados Unidos imponham um embargo de armas e suspendam relações comerciais e financeiras com Israel.
- No relatório, Francesca aponta que Israel realizou testes de armamentos em Gaza em meio à devastação. Segundo ela, empresas do setor bélico lucraram ao fornecer armas de última geração ao Estado israelense, permitindo o lançamento de 85 mil toneladas de explosivos para destruir Gaza.
- A relatora citou 48 atores corporativos, incluindo fabricantes de armas, bancos e empresas de tecnologia, alegando que eles sustentam as ações de Israel.
Segundo a relatora, Israel está fazendo uma “campanha genocida” na Faixa de Gaza. Ela pediu que os Estados-membros imponham um embargo total de armas, além de suspenderem todos os acordos comerciais.
“Sempre apoiaremos nossos parceiros em seu direito à autodefesa. Os Estados Unidos continuarão a tomar todas as medidas que julgarmos necessárias para responder à guerra jurídica e proteger nossa soberania e a de nossos aliados”, completou Rubio.
Em uma das denúncias, a relatora conta que ““Israel é responsável por um dos genocídios mais cruéis da história moderna”. A declaração foi feita em um discurso ao Conselho de Direitos Humanos da ONU.