Fim das coligações partidárias nas eleições de 2020, candidato terá que somar pelo menos 10% do quociente eleitoral, escritórios da Sedam não funcionam no interior

Coligações – As eleições do próximo ano (prefeito e vereador) já provocam mobilizações dos dirigentes partidários e também dos filiados, que pretendem disputar cargos eletivos. Pouco ou quase nada se comenta de uma mudança da maior importância que ocorrerá nas eleições a partir de 2020: o fim das coligações partidárias. Se já tivemos mudanças significativas nas eleições de 2018, as do próximo ano dependerão da força do partido e das lideranças que estarão concorrendo principalmente ao cargo majoritário: prefeito.

 

Partidos – Desde 2016 a Lei Eleitoral já exige um desempenho mínimo dos candidatos nas urnas para se eleger. Exemplo: se há dez cadeiras e 100 mil votos válidos o quociente é de 10 mil, ou seja, a cada 10 mil votos o partido tem direito a uma cadeira. Mas somente serão eleitos os candidatos que atingirem 10% do quociente eleitoral, sendo assim um mínimo de 1.000 votos para se eleger. Por isso é fundamental que o partido tenha candidato a prefeito, o que facilitará a eleição de vereadores. É uma forma de se evitar coligações de partidos sem ideologias semelhantes e para que não ocorra o efeito “Tiririca”, que elegeu inúmeros deputados federais sem nenhuma expressão eleitoral em 2014. O bicho vai pegar...

Economia – A situação de boa parte das prefeituras não é das melhores, porque a maioria teve queda em arrecadação. Esta semana o prefeito de Ji-Paraná, Marquito Pinto (PDT) reuniu sua equipe de trabalho e pediu apoio para uma economia austera. Disse que o município está com as contas em dia e também com servidores e fornecedores. Está tudo certo com os órgãos fiscalizadores e orientadores, mas que devido a pequeno déficit na arrecadação é necessário economizar em combustíveis, energia elétrica, telefone, diárias. A situação é confortável, segundo Marcito, mas como prudência e caldo de galinha não fazem mal a ninguém...

Sedam – O que está acontecendo com os postos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sedam) do interior? Os escritórios estão semi-abandonados e a população, que precisa dos servidores da secretaria está no prejuízo. Hoje é exigida licença ambiental para quase tudo: pizzaria, boteco, borracharia, salão de beleza, nada escapa do voraz apetite do fisco, que não tem estrutura para poder atender a população. Exige o máximo e não se organiza o mínimo para poder suprir a demanda. O governador Marcos Rocha (PSL) poderia puxar as orelhas dos responsáveis, ou irresponsáveis, que não atendem o povo que precisa renovar ou solicitar a licença ambiental.

Ratos – Após denúncias em redes sociais sobre a proliferação de ratos em lixo do Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, o Tribunal de Contas (TC) do Estado promoveu uma operação surpresa no local e constatou a veracidade da denúncia. Méritos para o presidente do TC, conselheiro Edilson Sousa Silva que agiu rápido. O mesmo não ocorre com a cartelização da gasolina, que está sendo vendida no mínimo a R$ 4,40 o litro na capital. Um dos preços mais elevados do Brasil. Denúncias já foram feitas em redes sociais e órgãos de comunicação, inclusive aqui no Rondônia Dinâmica. Mas o Ministério Público (MP), Procon e outros segmentos fiscalizadores ignoram a cartelização explícita. Até quando?