IPCA-15: prévia da inflação sobe 0,04% em junho, com destaque para habitação

27 de junho de 2023 182

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — subiu 0,04% em junho, informou nesta terça-feira (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O índice continuou em desaceleração na comparação com o mês anterior, quando ficou em 0,51% para maio. Em junho de 2022, o IPCA-15 foi de 0,69%.

Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 3,40% na janela de 12 meses.

Seis dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês, com maior variação vinda do grupo de Habitação (0,96%). O resultado é consequência do aumento nos preços de taxas de água e esgoto, e nas tarifas de energia elétrica.

Revertendo a tendência de meses anteriores, o grupo de Transportes registrou a maior queda no IPCA-15. O grupo teve recuo de 0,55%, com a gasolina sendo destaque de baixa, com redução de 3,40% nos preços do período.

Lembrando que a Petrobras anunciou no último dia 15 mais uma redução do preço da gasolina para as distribuidoras. O litro da gasolina passou de R$ 2,7843 para R$ 2,6575, e, com os novos valores, a gasolina está no menor preço desde junho de 2021.

Veja abaixo a variação dos grupos em junho

  • Alimentação e bebidas: -0,51%
  • Habitação: 0,96%
  • Artigos de residência: -0,01%
  • Vestuário: 0,79%
  • Transportes: -0,55%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,19%
  • Despesas pessoais: 0,52%
  • Educação: 0,04%
  • Comunicação: 0,11%

Água, luz e esgoto

O grupo Habitação teve alta relevante, de 0,96%, apoiado na subida de taxas de água e esgoto, além da conta de luz residencial.

O IBGE informa que quatro áreas importantes de abrangência do índice registraram aumentos de preço nas taxas de água e esgoto, que subiram 3,64% no agregado. São elas: Recife (11,20%), São Paulo (9,56%), Belém (8,33%) e Curitiba (8,20%).

Já a energia elétrica, que subiu 1,45% em junho, teve reajustes também em quatro regiões relevantes. É o caso de Belo Horizonte (9,15%), Recife (8,21%), Fortaleza (2,2%) e Salvador (1,84%)

Fonte: Por Raphael Martins, g1