Justiça prestes a sentenciar processo contra ex-governadores de Rondônia Ivo Cassol e João Cahúlla

28 de dezembro de 2017 481

Porto Velho, RO – Há mais de três anos o jornal eletrônico Rondônia Dinâmica publicou matéria intitulada “Justiça recebe ação contra Cassol e torna indisponíveis bens de Cahúlla e ex-secretário”.

Leia
Justiça recebe ação contra Cassol e torna indisponíveis bens de Cahúlla e ex-secretário

O processo está relacionado à denúncia apresentada pelo Ministério Público (MP/RO) dando conta de suposto intento eleitoreiro desencadeado pelos ex-governadores Ivo Cassol – atualmente senador da República pelo PP – e João Cahúlla, que cumpriu menos de um ano de mandato tampão à época. Em dezembro, Cassol, condenado a quatro anos e oito meses de detenção em regime semiaberto por fraude à licitação, teve a pena de prisão substituída por multa e prestação de serviços à comunidade. 

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Além deles, o ex-secretário de Saúde Milton Luiz Moreira também consta como réu.


Cahúlla inaugura Hospital de Cacoal em 2010; Cassol prestigia evento / Foto: DECOM

Para o MP/RO, os envolvidos incorreram em improbidade administrativa por inaugurar o Hospital Regional de Cacoal (HRC) em 2010 com pomposa cobertura publicitária e midiática com o fito exclusivo de obter promoção pessoal por conta das eleições que se avizinhavam no ano seguinte.

Além disso, ainda segundo a denúncia, encheram o HCR de servidores públicos cedidos pelo Estado causando prejuízos aos cofres públicos.

Isso porque as atividades do hospital teriam iniciado no dia 07 de setembro de 2010. Porém, pelo menos entre os meses de setembro a dezembro daquele ano, esses profissionais não exerceram suas atividades por falta de equipamentos e materiais, causando um desnecessário desembolso no montante de R$ 5.307.655,33.

Em 2014, o juiz de Direito Elson Pereira de Oliveira Bastos, da 3ª Vara Cível de Cacoal chegou a decretar a indisponibilidade de bens tanto de Cahúlla quanto de Moreira.

Prestes a julgar

Num despacho proferido pelo magistrado Elson Pereira no último dia 18, o Juízo entendeu que mídias juntadas aos autos com ruídos “não tornaram os depoimentos inaudíveis ou incompreensíveis”, denotando que o processo entrou em sua reta derradeira, ao menos na primeira instância.

Com isso, concedeu nova vista ao MP/RO “para as suas alegações finais”.

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