Leonardo Gryner deixa cadeia pública em Benfica, Zona Norte do Rio

14 de outubro de 2017 1022

Leonardo Gryner, ex-diretor de operações do comitê Rio 2016 e braço-direito do ex-presidente do comitê e do COB Carlos Arthur Nuzman, deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, por volta das 8h deste sábado (14), segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Gryner foi solto após decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Leonardo foi preso na última quinta-feira (5) durante a operação Unfair Play. Segundo os investigadores, as provas colhidas na primeira etapa da Unfair Play mostraram evidências de que Nuzman e Gryner foram os agentes responsáveis por fazer a ligação entre o esquema de propinas de Cabral e membros africanos do COI, por meio de Arthur Soares. Eles são suspeitos de intermediar a compra de votos para que o Rio de Janeiro sediasse as olimpíadas de 2016.

Na decisão que revoga a prisão, Bretas argumentou que "não mais subsistem os motivos que ensejaram a prorrogação da prisão temporária do investigado". Na ocasião da prorrogação da prisão temporária de Gryner, o juiz escreveu que havia "possibilidade de o investigado exercer o seu poder de influência em detrimento do andamento das investigações, estas ainda dependentes da análise de vasto material arrecadado e outro ainda não obtido do COB".

No dia 5, Gryner foi preso em casa, em um apartamento de luxo em Laranjeiras, na Zona Sul. Ex-diretor do COB, ele também foi diretor de Comunicação e Marketing da candidatura do Rio à sede olímpica, e teve encontros com o filho do ex-presidente da Federação Internacional de Atletismo, suspeito de ter recebido propina para votar no Rio de Janeiro como sede dos jogos.

 
O ex-diretor de operações do comitê Rio-2016 Leonardo Gryner chega na sede da Polícia Federal após ser preso no Rio de Janeiro (Foto: Bruno Kelly/Reuters)O ex-diretor de operações do comitê Rio-2016 Leonardo Gryner chega na sede da Polícia Federal após ser preso no Rio de Janeiro (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

O ex-diretor de operações do comitê Rio-2016 Leonardo Gryner chega na sede da Polícia Federal após ser preso no Rio de Janeiro (Foto: Bruno Kelly/Reuters)