Marcos Rogério dispara: "Estado está no azul, mas próximo governador vai herdar dívidas"

1 de maio de 2025 63

Em entrevista exclusiva, senador critica situação das estradas estaduais e fala sobre articulações para 2026; Bolsonaro ignora Marcos Rocha em vídeo sobre preferências eleitorais

Articulações

Em conversa com o senador Marcos Rogério na tarde desta terça-feira, 29, ele revelou que ainda não definiu se, de fato, vem candidato a governo em 2026, por conta de inúmeras variáveis, mas a possibilidade está longe de ser descartada. Considerado a ‘estrela’ da direita no Estado, Rogério está no campo mais confortável, digamos assim, em decorrência de sua postura coerente e menos radical que alguns ‘mais à direita', como o estridente Coronel Chrisóstomo. Além disso, o senador comanda o PL no Estado e terá espaço para construir uma nominata de peso para a Câmara.

Um olho aqui…

Marcos Rogério não quer ‘pagar para ver'. Tem se organizado, batido pesquisas e não quer errar em 2026. Um olho está nas eleições presidenciais, e sua preferência é Jair Bolsonaro, que ele acredita, pode vir a ser candidato por conta de uma lógica política que vem tomando conta do Congresso atualmente, a de que Lula precisa de Bolsonaro, que ele já conhece, à uma surpresa, como Tarcísio de Freitas (SP) ou Michelle Bolsonaro. Porém, se o ex-presidente não conseguir disputar, o ‘plano B’ mais viável, nessa altura, é o governador de São Paulo.

Outro em Rondônia

Marcos Rogério vem cuidando com carinho das articulações regionais. Para o senador, é importante ‘compor alianças’ e trabalhar pelo grupo, que está em construção. Certo é que a direita no Estado já conta com representantes de peso, mas a esquerda não ‘está morta'. Para Marcos Rogério, o também senador Confúcio Moura é uma liderança política forte, que consegue agregar a esquerda, eleitores de centro e os ‘anti-bolsonaristas'. No cômputo geral, Marcos Rogério não está errado. Confúcio é atualmente o único político que defende Lula e as políticas sociais.

Reconstrução

Na conversa Marcos Rogério afirmou que o próximo governador de Rondônia terá um grande desafio, o de reconstruir o Estado e desenvolver políticas de investimento nos mais diversos setores, principalmente o de infra-estrutura, “as estradas que são de responsabilidade do Estado estão caóticas, uma buraqueira que prejudica a população como um todo", disse o senador. Rogério apontou ainda a necessidade de fazer um enxugamento da máquina, através de uma reorganização administrativa, “o Estado está no azul, mas o governo está sempre buscando empréstimos, como agora mesmo, e essa conta vai ficar para o próximo governador", declarou.

Anistia

Sobre a anistia e o Supremo Tribunal Federal, último tema da conversa, Marcos Rogério foi enfático ao afirmar que o ‘STF queimou instâncias’ e ‘pesou a caneta’ com os autores dos atos de vandalismo. O senador condenou a destruição dos prédios públicos durante as manifestações do 8 de janeiro, mas acredita que os responsáveis deveriam ser julgados como determina o devido processo legal, obedecendo as instâncias adequadas, responsabilizando individualmente os autores das depredações, mas de forma sensata e não como está sendo feito, “acusar essas pessoas de golpe de estado é demais, muitos estavam protestando, outros mais entusiasmados partiram para o quebra-quebra, que eles sejam responsabilizados, mas não sacrificados", pontuou.

Sem Bolsonaro

Jair Bolsonaro apareceu nesta terça-feira em vídeo postado pelo pecuarista Bruno Scheidt afirmando que já tem suas preferências eleitorais para Rondônia em 2026. Uma delas é o senador Marcos Rogério (preferido do ex-presidente para governo), simpatiza com Fernando Máximo e apoia Bruno para Senado. Não citou o governador, e tem um motivo para isso, o ex-presidente não enxerga em Marcos Rocha o perfil de ‘direita combativa', que ele vem selecionando a dedo nos estados. O plano do ex-presidente é eleger o maior número de senadores em 2026 para poder ‘enquadrar o STF'. E Rocha passa longe desse perfil.

Jair e Bruno, sem Marcos Rocha

Sozinhos

Marcos Rocha e o ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves estão numa situação complicada em termos de articulação. Sem o apoio de Jair Bolsonaro e sem a ‘caneta’, Rocha corre o risco real de não conseguir se eleger ao Senado. Elias Rezende tem pela frente um desafio imenso de construir um grupo político que viabilize essa candidatura e a deixe competitiva. Já Hildon, entrou numa briga com uma ala da Associação Rondoniense dos Municípios (Arom), que termina provocando mais desgastes que angariando capital político. O que parecia estar resolvido, virou uma celeuma jurídica totalmente desnecessária.

Cerimônia de lançamento do UP

Superfederação

E nesta terça-feira, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, o União Brasil e o Progressistas oficializaram a fusão, criando o União Progressista (UP). Com isso, os diretórios regionais serão dissolvidos, deixando Júnior Gonçalves fora do jogo. O diretório de Rondônia será comandado pelo União, e Maurício Carvalho só não assume o comando da nova legenda se não quiser. Se ele não topar, a ‘briga de foice’ tá garantida.

Cassol, o esperançoso

Esperança, mas não certeza

Por mais que Ivo Cassol esteja esperançoso em relação a aprovação nas mudanças da Ficha Limpa (que deve ser aprovada em breve), sua situação jurídica não é confortável a ponto dele ser candidato ‘com certeza’ em 2026. O italiano, assim como Acir Gurgacz, depositam suas fichas na aprovação, mas nada está garantido, ao menos em relação a Ivo, mas isso não quer dizer necessariamente que ele esteja fora do jogo. A conferir.

Os sinais de alerta de 'burnout' que você não deve ignorar

burnout, definido pela professora Christina Maslach como "uma resposta ao estresse crônico no trabalho que não foi bem administrado", tem se tornado um problema global crescente, afetando significativamente a força de trabalho. Em 2023, o Brasil registrou 421 afastamentos por burnout, um aumento de 136% em comparação com 2019, refletindo o impacto da pandemia nessa condição. O caso de Amy, que experimentou sintomas como tonturas, zumbidos e sensação de estar "enjoada e bêbada em um barco", ilustra como o burnout pode se manifestar de formas debilitantes. Os especialistas identificam três sintomas principais do burnout: cansaço extremo, desprezo crescente pelo trabalho e visão negativa de si mesmo. O processo se desenvolve em cinco fases, desde o período de "lua-de-mel" até o colapso total, e é influenciado por seis fatores principais, incluindo sobrecarga de trabalho, falta de controle e reconhecimento insuficiente. A recuperação não necessariamente exige mudanças drásticas como deixar o emprego, mas requer foco no controle do trabalho, bem-estar pessoal e construção de uma rede de apoio, além de ser especialmente importante identificar e alinhar decisões com valores pessoais.

Fonte: ALAN ALEX
PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .