Meta lança inteligência artificial mas deixa o Brasil de fora

24 de julho de 2024 80

A Meta, gigante tecnológica conhecida por administrar plataformas como Instagram e WhatsApp, anunciou recentemente a ampliação da disponibilidade de sua avançada tecnologia de inteligência artificial para diversos países, incluindo vários da América Latina. No entanto, o Brasil ficou de fora dessa expansão devido a decisões regulatórias.

No coração dessa questão estão as preocupações com a privacidade dos dados. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) restringiu as atividades da Meta de coletar informações dos usuários brasileiros, alegando que tal prática poderia violar a privacidade dos indivíduos. Isso resultou na exclusão temporária do Brasil no rol de países que agora experimentam as novidades da IA da empresa.

O que é a Inteligência Artificial da Meta?

As novas ferramentas de IA da Meta incluem funcionalidades impressionantes, como os comandos “Imagine-me”, que permitem aos usuários criar imagens contextualizadas a partir de suas fotos e comandos textuais. Além disso, a IA agora é capaz de responder perguntas complexas, inclusive de natureza matemática, e de resolver problemas com explicações passo a passo. Essas inovações se estendem até mesmo aos óculos inteligentes Ray-Ban da Meta, incorporando comandos que facilitam tarefas do dia a dia através da IA.

Por que a Inteligência Artificial da Meta não está disponível no Brasil?

A “ausência” da IA da Meta no território brasileiro é fruto de “incertezas regulatórias”, conforme explica a empresa. A suspensão do uso dessas ferramentas foi uma decisão tomada após intensa deliberação da ANPD, que identificou potenciais riscos à privacidade dos dados dos consumidores. Em resposta, a Meta se comprometeu a trabalhar junto às autoridades brasileiras para garantir que as normativas sejam respeitas e que futuramente o Brasil possa ser contemplado com a tecnologia.

Impacto e possíveis caminhos a seguir

A suspensão das atividades de inteligência artificial da Meta no Brasil coloca o país em uma posição delicada. Enquanto outros países latino-americanos, como Argentina e México, já estão explorando essas tecnologias, o Brasil se vê em meio a negociações e ajustes regulatórios. Este atraso pode impactar a competitividade tecnológica do país a longo prazo.

No entanto, há esperança. O desfecho dessa negociação entre a Meta e as reguladoras brasileiras poderá definir um novo padrão de como tecnologias disruptivas serão gerenciadas em solo nacional. Além disso, a possibilidade de acessar versões de código aberto de modelos de linguagem avançados, como o Llama 3.1, ainda oferece um terreno fértil para pesquisa e inovação no Brasil.

Com o mundo cada vez mais imerso nas inovações da IA, cabe ao Brasil encontrar um meio de harmonizar proteção de dados e avanço tecnológico, garantindo tanto a privacidade de seus cidadãos quanto acesso às novas ferramentas que moldam o futuro da interação humana com a tecnologia.

Fonte: Redação O Antagonista