Ministro de Temer diz que governo não compra votos, faz “ação de governo”

27 de dezembro de 2017 500

BRASÍLIA – Novo ministro da articulação política do governo, Carlos Marun admitiu, nesta terça-feira, que o governo está condicionando a liberação de financiamentos na Caixa Econômica Federal, pedidos por governadores, a apoios pela aprovação da reforma da Previdência. Marun negou que esteja chantageando governadores e chamou a ofensiva de “ação de governo”.

 

— Financiamentos da Caixa Econômica Federal são ações de governo, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, não sei aonde. Obviamente, se são na Caixa, no Banco do Brasil ou no BNDES são ações de governo. Nesse sentido, entendemos que deve sim ser discutido com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje de vida ou morte para o Brasil — disse Marun.

O ministro admitiu ainda que aqueles governadores que não colaborarem poderão ter maior dificuldade na liberação desses empréstimos. Marun disse esperar “reciprocidade” dos Estados, com votos a favor da reforma previdenciária.

— O governo vai atuar nessa questão com a seriedade e a gravidade que a questão possui. Realmente o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, uma reciprocidade no que tange a questão da Previdência — admitiu o ministro, negando qualquer grau de chantagem nas negociações:

— Olha, eu não entendo que seja chantagem do governo atuar no sentido de que um aspecto tão importante para o Brasil se torne realidade, que é a modernização da Previdência.