Não adianta só baixar impostos, é necessário privatizar a Petrobras e acabar com o monopólio do petróleo

2 de junho de 2018 521

Durante os três últimos governos brasileiros, três episódios simbolizam a demagogia e estupidez de ter a Petrobras sob a direção do governo. O pré-sal de Lula, as pedaladas de Dilma e a greve dos caminhoneiros de Temer. O pre-sal foi um golpe de marketing de Lula feito com a cumplicidade da mídia e de quase toda a classe política. Com a promessa de tornar o Brasil autossuficiente no setor, Lula direcionou a Petrobras para a busca de petróleo na camada pré-sal, apesar de a extração ser dificílima, demandar custos estratosféricos e gerar petróleo de baixa qualidade. O pre-sal que já não era um bom negócio no seu auge se tornou completamente inviável com a relativa baixa do baril do petróleo,  porem bilhões foram afundados nos mares brasileiros para satisfazer esse projeto. Já no governo Dilma, caracterizado pelas famosas pedaladas fiscais, normalmente entendida no contexto bancário, mas que também podem ser vistas, como o processo de gestão criminosa pelo qual a União passa custos indevidos para as empresas sob seu controle seja a Caixa, o Banco do Brasil ou, no âmbito dessa e discussão a Petrobras. O congelamento dos preços foi tão venenoso para empresa quanto a corrupção, e ambas foram a norma no governo da 'presidenta'. Já no governo Temer, apesar da gestão relativamente mais competente, o espectro da interferência estatal continua causando danos enormes, o que culminou com a revolta contra os preços e caos renovado na Petrobras. Nenhum desses episódios deploráveis teria ocorrido se o governo tirasse suas mãos sujas do setor privado.

Não adianta só baixar impostos, para baixar o preço da gasolina de forma significativa e sustentável é necessário privatizar a Petrobras e acabar com o monopólio do governo sobre o recursos do sub-solo brasileiro, inclusive do petróleo. Esses procedimentos não só renderiam bilhões para o tesouro nacional, na medida que as ações da empresa nas mãos do governo seriam vendidas como também iriam gerar incalculável riqueza a partir de investimento externo e da geração de empregos pelas múltiplas empresa que migrariam para o território nacional. Além disso a concorrência baixará os preços violentamente, hoje o brasileiro não tem escolha a não ser pagar os preços absurdos do petróleo extraído das profundezas oceânicas infernais, independente das variações nas tecnologias internacionais, como fica exemplificado pela popularização do fraking nos EUA, o fim do monopólio colocaria fim a essa escravidão comercial. A greve dos caminhoneiros falhou por não trazer soluções viáveis, resta torcer para que no caos politico da eleição que está por vir alguém as traga.