Nova regra para combater a cera dos goleiros no futebol

29 de abril de 2024 85

Quem nunca se irritou com a demora de um goleiro para repor a bola em jogo? Essa prática, conhecida popularmente como “cera”, é frequentemente utilizada quando a equipe está à frente no placar, visando desperdiçar tempo. O regulamento oficial do futebol, mais precisamente a regra 12, determina que o goleiro deve colocar a bola em jogo no máximo seis segundos após controlá-la com as mãos.

Apesar de clara, a regra enfrenta desafios na sua aplicação. Raramente se observa a marcação da infração pelos árbitros, que muitas vezes toleram atrasos significativos. Esta falta de rigor na aplicação das regras tem provocado debates sobre possíveis mudanças para garantir a fluidez do esporte.

Entenda Por Que a Regra dos Seis Segundos Raramente é Aplicada

De acordo com o International Football Association Board (IFAB), o corpo que define as regras do futebol, uma das razões para a relutância em penalizar o goleiro com um tiro livre indireto dentro da área é que isso ofereceria uma vantagem desproporcional ao time adversário. Esse tipo de falta muitas vezes resulta em gol, considerando que foi cometida sem uma oportunidade clara de gol.

Qual a Nova Proposta do IFAB para Lidar com a Cera dos Goleiros?

Em uma tentativa de lidar com essa questão, o IFAB propôs uma nova medida que será testada na temporada 2024/2025. A nova regra permitirá que, quando um goleiro exceder o tempo permitido para a reposição da bola, a equipe adversária ganhe um escanteio ou um tiro lateral, em vez do tradicional tiro livre indireto.

Essa medida visa reduzir a vantagem que poderia ser ganha em uma infração e ao mesmo tempo penalizar efetivamente a equipe que utiliza a cera como tática. O teste será implementado inicialmente em ligas juvenis, com a possibilidade de extensão aos torneios profissionais baseando-se nos resultados observados.

Uma Solução Alternativa para a Demora na Reposição do Jogo

Apesar das propostas do IFAB, algumas vozes no mundo do futebol sugerem abordagens ainda mais rigorosas. Por exemplo, uma ideia seria permitir um tempo um pouco maior, talvez dez segundos, para que o goleiro repunha a bola, mas associar isso a uma punição mais severa, como a suspensão do goleiro para o próximo jogo, caso as regras não sejam respeitadas.

Essa penalidade poderia ser aplicada após o término do jogo, através de revisões de vídeo, garantindo que não haja interrupções adicionais durante o jogo. Este tipo de abordagem não apenas desencorajaria a cera mas também manteria o jogo fluindo sem paradas adicionais.

  • A cera afeta negativamente o ritmo e a qualidade do jogo.
  • É necessária uma aplicação mais rigorosa e consistente das regras existentes.
  • Novas regras devem buscar não apenas penalizar, mas também manter a fluidez do jogo.

No final, as discussões e os testes das novas regras são essenciais para melhorar a experiência do futebol para jogadores e espectadores. As regras são fundamentais para manter o jogo justo e dinâmico, elementos vitais para a sua popularidade global.

Fonte: Redação O Antagonista