O discreto Galloro

Cinco meses depois de ter substituído Fernando Segovia no comando da Polícia Federal, Rogério Galloro conseguiu apaziguar as brigas internas que havia na instituição. No seu período, Segovia enfrentou resistências por conta do alinhamento que demonstrava com o presidente Michel Temer, o que levou a PF internamente a reagir para reafirmar sua independência. Com perfil bem mais discreto, Galloro reafirma essa autonomia nas investigações, evitando as divisões internas. O estilo mais discreto de Galloro também tem sido notado na PF com o fim de operações mais espalhafatosas. Não é da natureza do novo comando da polícia, por exemplo, se fazer acompanhar de equipes de TV nas suas operações, como já ocorreu no passado.
União da PF
A maior discrição garante mais tranquilidade e segurança ao trabalho, dizem os agentes. Internamente, o que se diz na PF é que Galloro une as duas principais turmas que sobressaem na instituição. A turma do concurso de 1997, que é a sua, e a turma posterior, do concurso de 2003. O diretor da PF tem ainda a confiança do ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Vaidades
Os problemas maiores seguem agora com o Ministério Público, na necessária relação que a PF tem que ter com os procuradores em operações como a Lava Jato. O excesso de poderes e de vaidade do MP incomoda. Há, porém, uma impressão de que o episódio da delação de Joesley Batista foi um ponto de inflexão, a partir do qual os procuradores terão de retroceder.
A dura vida de Roseana
(Crédito:Mateus Bonomi)
A campanha sequer começou, mas na equipe de Roseana Sarney (MDB) já há quem admita que será muito complicado evitar a reeleição do governador Flávio Dino (PCdoB). A esperança de Roseana era que o deputado estadual Eduardo Braide (PMN) entrasse na disputa e tirasse votos de Dino. Como isso não aconteceu, a eleição ficou polarizada. Com vantagem até agora para Dino.
Rápidas
* A insistência do PT em manter a candidatura de Lula à Presidência mesmo sabendo que ele está inelegível começa a trazer prejuízos ao partido. Pesquisas internas do PT apontam que ele já começa a perder votos.
* Por conta da indefinição, parte dos votos que iam para Lula, segundo a pesquisa, estão migrando para a candidata da Rede, Marina Silva. Por falta de uma alternativa própria no PT, ela é a beneficiária.
* A holografia 3D chega ao Brasil com a promessa de criar maior relevância às candidaturas. Segundo a “HoloAhead”, o cabo eleitoral veste a mochila transparente com um display de led que projeta imagens em um espaço de 48cm de diâmetro e sai pelas ruas fazendo o “corpo a corpo” em locais estratégicos.
* Para o Brasil, foram feitas adaptações para o “cabo eleitoral ambulante” poder se adequar às regras eleitorais. É possível a locação do produto.