O plano Huck

9 de novembro de 2017 710

A candidatura de Luciano Huck tornou-se a principal aposta da elite, de acordo com Vinicius Torres Freire.

Leia um trecho de sua coluna na Folha de S. Paulo:

“Huck e Bolsonaro têm em comum apenas a possibilidade de virem a ser o anti-Lula; no entanto, é ocioso dizer, é um insulto comparar o apresentador de TV ao oficial subalterno do Exército.

Na elite política e econômica, Bolsonaro é resultado de selvageria e oportunismo políticos. Huck é de fato uma tentativa de recriar a política por fora do mundo da política, por mais artificial que por ora, pelo menos, pareça esse projeto.

O plano Huck envolve gente que considera ainda quixotescos projetos como o Partido Novo, da direita liberal, e que desistiu ou está à beira de desistir do sistema político que está aí, inclusive do partido que foi o representante normal da centro-direita no último quarto de século, o PSDB.

Gente que tanto apoia start ups políticas quanto quer resultados imediatos, com uma candidatura logo viável.”

A meia-reforma


Michel Temer e Henrique Meirelles tomam café da manhã com Rodrigo Maia.

Eles tentam acertar a meia-reforma previdenciária.

O plano original do governo era economizar 800 bilhões de reais em dez anos.

O pacote que está sendo negociado agora deve gerar uma economia de 400 bilhões de reais, de acordo com os técnicos da Câmara dos Deputados, cujos cálculos foram obtidos pelo Valor.

“Rouba, mas é de esquerda”


Josias de Souza perguntou a Marina Silva se Lula encarna o novo “rouba, mas faz”.

Ela respondeu:

“Antes, a gente tinha essa ideia do rouba, mas faz. Mas agora isso virou uma profusão de nomenclaturas. Tem gente que diz rouba, mas é amigo. Rouba, mas é de esquerda. Rouba, mas é de direita. Rouba, mas está fazendo as reformas. Isso não pode acontecer.”

Marina Silva disse também que, em 2014, foi derrotada por uma ORCRIM:

“As organizações criminosas estavam presentes, porque a Lava Jato está mostrando isso. Dinheiro do caixa dois, da Petrobras, dos fundos de pensão, do Banco do Brasil, de Belo Monte, da venda de medidas provisórias. O que apareceu nas investigações mostra que houve dinheiro da corrupção envolvendo as duas campanhas, tanto de quem ganhou como de quem foi para o segundo turno.”