ONU se diz ‘perturbada’ com ação policial no Jacarezinho
SÃO PAULO, 7 MAI (ANSA) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (Acnudh) afirmou nesta sexta-feira (7) que está “profundamente perturbado” com a chacina que culminou na morte de 25 pessoas, incluindo um policial, na favela do Jacarezinho, zona norte do Rio de Janeiro.
Em conversa com jornalistas em Genebra, o porta-voz do Acnudh, Rupert Colville, lembrou que “o uso da força deve ser aplicado apenas quando for estritamente necessário” e que é preciso “respeitar os princípios da legalidade, precaução, necessidade e proporcionalidade”.
“Estamos profundamente perturbados pelas mortes”, acrescentou o representante do órgão de direitos humanos da ONU. O Acnudh ainda cobrou a abertura de uma “investigação independente, completa e imparcial, de acordo com padrões internacionais”.
Além disso, questionou o modelo brasileiro de policiamento em favelas, “que estão presas em um ciclo vicioso de violência letal com um impacto dramático e adverso sobre populações que já sofrem”.
Operações policiais em comunidades no Rio de Janeiro estão proibidas desde junho de 2020 por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), devido à pandemia do novo coronavírus, a não ser em casos excepcionais.