Os venenos políticos

17 de abril de 2018 657

A política, a exemplo da nossa água e do cigarro, não possui só um elemento tóxico

O arsênico foi popularizado pelos alquimistas como o veneno predileto para matar reis – ou seus inimigos. No entanto, a presença deste e outros metais que exigem atenção para níveis perigosos em poços da bacia do Amazonas não é arte de alquimistas maléficos.

Segundo os cientistas, a perigosa concentração de elementos tóxicos nas águas é uma situação criada pela própria natureza. Escolher a forma menos lesiva de consumir água, porém, vai se tornando um problema para as comunidades da região.

A política, a exemplo da nossa água e do cigarro, não possui só um elemento tóxico: dezenas de partidos e caciques seguem na mira da Lava Jato. Se ficou difícil saber que água fará menos mal a quem a consome, depois da lavagem do Mensalão e agora do Petrolão o nivelamento por baixo do grande caciquismo político nacional produziu venenos tão perigosos quanto o arsênico e demais metais presentes em nossas águas.

Na política altamente tóxica da atualidade, a saraivada de insultos esconde o pior dos venenos: a incapacidade para formular um projeto original e criativo para salvar a democracia do autoritarismo e tirar o Brasil do raquitismo econômico em que se atolou.
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Com orgulho!

Os candidatos petistas nesta temporada decidiram usar o nome de Lula nos registros visando aproveitar a popularidade do ex-presidente preso em Curitiba, nas eleições de outubro. Sendo Assim, Fátima Lula Cleide vai disputar o Senado, o ex-padre Tom Lula a federal, o ex-prefeito Roberto Lula Sobrinho, a deputado estadual e Paulo Lula Benito ao governo e assim por diante. Haja Lulas!

As reações

Os adversários dos petistas tiveram reações diferentes com relação à estratégia adotada pela turma de Lula e Dilma. Os Bolsonaristas dizem que os petistas se orgulham em usar nome de ladrão, outros anunciaram que vão usar o nome de Moro – o juiz Sergio Moro que mandou prender Lula – nos seus registros. E aí, gente, aonde isto vai acabar?

Nas paradas

Como já era esperado, na primeira pesquisa Datalfolha depois de lançado pelo PSB como pré-candidato a presidência o ex-ministro Joaquim Barbosa mostrou que esta em condições de competitividade e o país não esta longe eleger um presidente negro como já ocorreu nos EUA com Obama. A credibilidade empina as pretensões do socialista.

A dependência

A cada ano, os pequenos e médios municípios rondonienses ficam mais dependentes das emendas parlamentares dos deputados estaduais, federais e senadores para pequenas obras ou para fechar as contas no final do mês. Em Rondônia quase 40 municípios enfrentam a crise com queda na arrecadação e distribuição de tributos estaduais e federais. O municipalismo patina.

Frentes corujas

Com frentes de obras “corujas”, tocadas a noite, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) tenta acabar com a buraqueira nas ruas da capital. O inverno amazônico prolongado e rigoroso tem atrapalhado o planejamento de asfaltamento e cascalhamento das ruas nas regiões mais atingidas pelas chuvas na capital rondoniense. As estradas coletoras estão prejudicadas.

Via Direta

*** Com o final do prazo de filiações e do troca troca partidário, as agremiações políticas tratam das nominatas de candidatos a Assembléia Legislativa e Câmara dos Deputados *** O maior problema dos dirigentes é ajustar os interesses dos candidatos a Câmara dos Deputados *** Em coligações, os partidos tem medo da concorrência dos bichos papões Marinha Raupp (MDB), Mariana Carvalho (PSDB) e Marcos Rogério (DEM) *** Melki (PDT) e Leo Moraes (Podemos) também são considerados temíveis.

POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)

Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br