Possível saída de Expedito e consequente debandada em massa do PSDB de Rondônia deixam cenário ainda mais acirrado para 2018
Porto Velho, RO – O informadíssimo jornalista Robson Oliveira não é de dar com os burros n'água quando o assunto é política. Logo,esperar uma debandada homérica no PSDB de Rondônia não seria exagero algum; menos exagerado ainda seria aguardar as consequências vindouras da dissidência de Expedito Júnior, resumidamente uma retirada em massa – talvez sem precedentes – na história política do Estado.
Júnior, influente, pode carregar consigo vários nomes de peso, incluindo o próprio prefeito de Porto Velho, Dr. Hildon Chaves, e também o líder do governo na Assembleia Legislativa (ALE/RO), Laerte Gomes.
Falando em Laerte, partiu dele a iniciativa demanter a atmosfera pacífica no ninho até que as derradeiras decisões sejam tomadas ao exaltar, em matéria institucional, que as coisas não poderiam ser melhores, faltando apenas unicórnios saltitantes e um arco-íris ao fundo para demonstrar o tamanho da felicidade experimentada por todos os envolvidos.
Só que o adeus, se acontecer, não será nada amigável!
Na hipótese de a projeção se concretizar, será o primeiro grande teste para a nova presidente regional eleita, a deputada federal Mariana Carvalho. A médica terá a missão de suturar a ruptura o mais rápido possível, evitando hemorragias internas graves o suficiente para levar à falência total dos órgãos vitais das hostes peessedebistas em 2018.
E se o PSDB perder mesmo parte significativa de sua gordura saudável, o PSD, liderado pelo congressista Expedito Netto, rebento de Júnior, está de braços abertos aos bicudos rebeldes, prontíssimo para encorpar suas fileiras.
A consequência externa primordial e imediata desse esfacelamento das relações de Expedito com o tucanato será o aumento da pluralização de candidaturas rumo ao Palácio Rio Madeira no ano que vem.
Se o ex-senador escondia o jogo em relação às suas pretensões políticas, hoje seu nome volta a pulsar como pré-candidato ao Governo de Rondônia.
Internamente, Mariana se torna responsável por juntar os cacos e, mais ainda, fazer das tripas coração, ajudando a ressuscitar a popularidade do pré-candidato José Guedes, e a tornar figuras politicamente inexpressivas como os membros da Família Sandubas – espécie de anexo tradicional do PSDB rondoniense – em grandes expoentes da legenda sabe-se lá como. Talvez colocando-os debaixo dos braços e os carregando para cima e para baixo testando se a própria popularidade tem poder de contágio em relação a terceiros.
Há também o irmão da parlamentar, o jovem Maurício Carvalho, presidente da Câmara de Porto Velho, e o vereador reeleito Alan Queiroz, que já presidiu a mesma Casa de Leis, ambos com pretensões além das cadeiras que ocupam atualmente. São fortes candidatos a qualquer cargo, porém sem o condão de sustentar o PSDB sozinhos, ainda que estritamente ligados à poderosa e prestigiada Mariana.
Existe um grande problema a ser resolvido antes mesmo de ser desencadeado; paralelamente, escancara-se oportunidade única concedida como presente de grego à deputada. Ela pode provar agora que, muito além de legislar, tem plenas condições de administrar, começando pela crise interna deflagrada tão logo Expedito deixe o ninho tucano com os demais insurgentes.
Isto, claro, se as conjecturas apresentadas por Oliveira chegarem a se materializar. Do contrário, só sombra e água fresca para os Carvalho e apêndices. Caso ocorram como previsto, fora das mãos de Mariana estaria a sequela inevitável: mais opções para votar, e muito menos sono aos pretensos pleiteantes que sonham com a sucessão de Confúcio Moura (PMDB).
MAIS LIDAS
Horóscopo 2024: confira a previsão de hoje (26/11) para seu signo
Ex-PRFs acusados de asfixiar Genivaldo com gás em porta-malas vão a júri popular
No jogo eleitoral, vereadores eleitos ainda podem dançar
Horóscopo 2024: confira a previsão de hoje (28/11) para seu signo
VISÃO PERIFÉRICA
POR: VINICIUS CANOVA