Prévias, sempre

13 de janeiro de 2018 475

 O artigo "Um guerrilheiro do PSDB", de Bernardo Mello Franco (Folha, 12/1), aponta uma terceira via, entre Lula (PT) e Bolsonaro (PSC), para as próximas eleições presidenciais: o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), que contesta a candidatura de seu correligionário Geraldo Alckmin, Governador de São Paulo. Os motivos que Virgílio aponta para o PSDB escolher outro candidato são vários: Alckmin está com apenas 7% de intenções de voto, já perdeu por Lula em 2006, intenciona aceitar o apoio de Temer, não apresenta um programa bem definido para melhorar o sistema político e econômico. Enquanto, diferentemente, ele tem a coragem de declarar-se reformista e liberal em todos os temas que dividem o eleitorado, como liberação do aborto, legalização da maconha, casamento homo afetivo.

            Independentemente de suas idéias, ninguém pode negar o direito de Arthur Virgílio exigir a realização de prévias  dentro do PSDB. Aliás, quem deveria escolher os candidatos de qualquer partido para qualquer cargo público são os filiados convocados em assembléias gerais para examinarem as várias propostas de governo. Precisamos acabar, de vez, com o autoritarismo dos chefões de partidos que impõem os candidatos. Se a exigência das prévias tivesse sido cumprida no Brasil, como acontece em todas as democracias desenvolvidas, nosso povo não precisava ter engolida a Dilma, preposta do Lula, evitando-se tanto atraso político e social.        

 

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Salvatore D' Onofrio 
Dr. pela USP e Professor Titular pela UNESP 
Autor do Dicionário de Cultura Básica (Publit)
Literatura Ocidental e Forma e Sentido do Texto Literário (Ática)
Pensar é preciso e Pesquisando (Editorama)
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