PT insiste que “está tudo bem”, mas candidatura de Fátima “subiu no telhado”

22 de setembro de 2018 667

Partido alega que "TRE sabia que segundo é alfabetizado". Esqueceram de contar ao PT que para a justiça só importa o rito e não "o que se sabia na eleição passada"

 

A utopia da igualdade

Desde que o primeiro humano usou a pele de algum animal abatido para se proteger que passamos a ter a diferenciação na sociedade. Para usar uma pele de leão, por exemplo, tinha que ser um grande caçador. Os demais membros da comunidade até sonhavam em usar vestimenta similar, mas para isso era necessário atingir um outro patamar social. Evoluímos, as diferenças se aprofundaram e hoje o que determina o status são bens, como carros, roupas, gadgets e claro, dinheiro. Porém, como sempre, existem aqueles que não se conformam. Alguns correm para atingir o mesmo status, outros querem que exista uma consciência global e que todos possam usufruir de tudo apenas porque “é assim que tem que ser”. Não é. E quando trazemos esse debate para o cenário político, é a mesma coisa. Candidatos que tem mandato, tem mais recurso do fundo eleitoral. Vou explicar. ????

Vamos desenhar

O MDB destinou aos parlamentares que buscam a reeleição, a maior parte da fatia do fundo eleitoral. Por isso a deputada federal Marinha Raupp ficou com 85%. A parlamentar, que está no sexto mandato consecutivo tem muito mais chances de ser eleita que Cláudia Moura, do mesmo partido, que recebeu R$ 150 mil e achou pouco, e quer “igualdade”. Não vai ter. Sorry. Marinha já foi a deputada mais votada, superou os 100 mil votos e segue à risca as determinações da legenda em Brasília. É uma parlamentar experiente e faz a diferença, já Cláudia Moura tem em seu curriculo apenas o fato de ser irmã de Confúcio Moura. ????

E agora pintar, para ficar bem colorido

Luiz Cláudio foi deputado estadual e é deputado federal, com destaque para suas ações na área da agricultura, inclusive sendo membro da Comissão no Congresso Nacional. Por isso seu partido, o PR, dedicou-lhe R$ 2 milhões para gastar em sua campanha de reeleição. Maria Simões, que também disputa uma vaga a deputada federal no mesmo partido, quer justiça. Maria, isso não existe. Justiça, no sentido literal da palavra é tão utópico quanto “igualdade”, no papel é lindo, na vida real, bem, é a vida real. ????

Agora vamos pendurar na parede

Quem determina quanto vai para cada candidato é o partido. Evidente que são estabelecidos percentuais, mas eles não são levados muito em consideração. Faltam pouquíssimos dias para as eleições e brigar por dinheiro para campanha nessa altura do campeonato, é no mínimo uma luta perdida. Se levarmos em consideração prazos, recursos, etc, já se sabe o desfecho. ????

Game over

Fátima Cleide e seus apoiadores estão alegando que “O TRE sabia que o segundo suplente era alfabetizado porque ele já foi vereador”. Mais um exemplo de perda de tempo de gente que “quer justiça”. Companheira Fátima, o TRE não quer saber se o fulano foi vereador sabe-se lá quando. O que importam são os trâmites desta eleição, e eles precisam ser cumpridos, sob pena de acontecer o que aconteceu. E nem cabe mais recurso, porque se trata de um erro tão primário que a justiça nem leva em consideração. ????

Ainda sobre justiça

A sociedade precisa entender de uma vez algumas coisas sobre o conceito “JUSTIÇA”. O primeiro deles é que você precisa ter duas coisas, um advogado e dinheiro para pagar as custas. “Mas tem a justiça gratuita”. Tem. Vai lá. Prosseguindo, Justiça, no sentido literal você só terá quando se tratam de bens materiais. Uma vida, por exemplo, é imensurável. Pense que você perdeu seu filho por um erro médico. Alguma recompensa monetária vai te dar a sensação de que a “justiça foi feita”? Ou se o médico for preso por, digamos, 30 anos, isso vai aplacar a saudade e a fúria em seu coração? Pois é. E quando levamos isso para coisas materiais. Lembra do Palace II, aquele edifício que desabou no Rio de Janeiro porque o construtor usou areia da praia na obra? Você acha que as pessoas que lá moravam se sentiram “justiçadas” quando foram ressarcidos pela “justiça”? ????

Então

Mas, mesmo para que tenhamos “justiça”, é necessário que se cumpra todo o ritual estabelecido nos códigos (penal, civil, tributário, eleitoral, etc). Se eles não forem seguidos à risca, temos o que se chama “nulidade processual”. Portanto, o fulano que foi vereador lá em não sei quando deveria ter apresentado toda a documentação na eleição deste ano, como ele fez quando se candidatou a vereador. Cada eleição é uma eleição. ????

Balela

Não tem o menor perigo dos votos de Fátima migrarem para o PSB de Jesualdo Pires. O erro grosseiro desarticulou o PT cujo racha foi causado por Fátima e seu grupo. Números já mostravam que ela estava em queda, e também mostraram que a perda sofrida por ela, não foi para nenhum candidato. O que deve acontecer é uma pulverização entre todos, mas concentrar apenas em um, é igual querer “justiça”. ????

Pesquisa inédita mostra dificuldades dos brasileiros para lidar com a morte

“Eu sei que a morte virá, mas não me sinto pronto (a) para isso.” Você concorda com essa frase? É provável que você faça parte do grupo majoritário de 68% dos entrevistados que, em uma pesquisa inédita, responderam afirmativamente à questão e expuseram a dificuldade dos brasileiros em lidar com a morte. Encomendado pelo Sindicato dos Cemitérios e Crematórios Particulares do Brasil (Sincep) e realizado pelo Studio Ideias, o estudo mapeia a percepção de brasileiros sobre assuntos que vão da realização de cerimônias fúnebres à liberdade que uma pessoa deve ter ou não para decidir sobre o fim da própria vida. O estudo será apresentado na próxima segunda-feira (23), na Semana InspirAÇÕES sobre Vida e Morte, em São Paulo, mas a BBC News Brasil teve acesso com exclusividade à pesquisa. Entre os principais resultados, está a baixa presença do tema no dia-a-dia: 74% afirmam não falar sobre a morte no cotidiano. Os brasileiros associam também a morte a sentimentos difíceis, como tristeza (63%), dor (55%), saudade (55%), sofrimento (51%), medo (44%). Somente uma pequena parcela faz associação a sentimentos que não estão no campo da angústia, como aceitação (26%) e libertação (19%). “Vimos na pesquisa que a morte não é um conceito, mas um conjunto de sentimentos. Sentimentos ruins. A gente cai na definição de angústia para a psicanálise, um conjunto de sentimentos ruins que se manifestam no corpo. Então, estamos colocando a morte muito mais no terreno da angústia do que, talvez, da aprendizagem”, aponta Gisela Adissi, estudiosa do tema e presidente do Sincep. Essa dificuldade diante do assunto, porém, é reconhecida entre os entrevistados: em uma escala de 1 a 5 (em que 1 indica estar “nada preparado” e 5 “muito preparado”), a nota foi de 2,6 para a avaliação sobre se o brasileiro está pronto para lidar com a morte; em relação à própria morte, a média cai para 2,1. ????

 
PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .