Restauração da BR 319 continua sendo um sonho, Azul retornará com os voos em Rondônia, mas somente a partir do mês de outubro
BR 319 – Esta semana a ministra do Planejamento, Simone Tebet em evento realizado em Tabatinga, no Amazonas, confirmou a realização de três obras em rodovias federais, a chamada “Rota do Quadrante”, que beneficiam o Acre, Estado de origem da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva e importante para a conexão com o Peru e saída estratégica ao Peru, para o oceano Pacífico. Sobre BR 319, única ligação rodoviária de Manaus com os demais Estados do País, nada foi dito. Desde fevereiro último um Grupo de Trabalho (GT) do Ministério dos Transportes trabalha na avaliação da repavimentação da rodovia no trecho do “Meião”, no Amazonas com cerca de 400km. Já foram realizadas audiências públicas pelo GT em Brasília, Manaus e Porto Velho, estranhamente sem representantes do Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) responsável pelo licenciamento ambiental do trecho. Mas o desenrolar do relatório continua em sigilo.
BR 319 II – A rodovia foi construída na década de 70. Foram quase 1.000 quilômetros de estrada pavimentada cortando a Floresta Amazônica. Até hoje, mesmo com o “Meião” não sendo recuperado, a rodovia continua sendo a única opção de acesso rodoviário a Manaus, uma das principais capitais do País. Nos períodos de Inverno Amazônico, quando chove quase que diariamente na região durante cerca de seis meses, o trânsito na 319 fica muito difícil. Repavimentar a 319 não é nenhum favor do Governo Federal, mas uma obrigação social, pois em 2023 tivemos uma estiagem (Verão Amazônico) prolongada, os rios, inclusive o Madeira ficou com a navegação comprometida e tivemos problemas de desabastecimento da região ribeirinha e em Manaus. Sobre a preservação da Floresta Amazônica basta que tenhamos fiscalização comprometida com o seu trabalho, que os abusos ao meio ambiente sejam punidos, pois a agressão ao segmento só ocorre devido à corrupção e a impunidade. Ou não?!
Aviação – A diretoria da Azul, empresa aérea que deveria atender a devida demanda de voos de Rondônia, mas que cancelou a maioria deles no Estado em julho de 2023 alegando “excesso de judicialização”, como se a empresa não cumprir com suas obrigações não possa ser questionada na Justiça. Agora anunciou novas rotas e frequências com Rio Branco e Belo Horizonte, que passará a ser duas vezes por dia. Sabe a partir de quando: 4 de outubro. À princípio parece pilhéria, mas não é. E o que mais intriga é que, parte da nossa “atuante” bancada federal, ainda distribui matérias comemorando o anúncio da Azul, que colocará mais alguns voos de Rondônia para outros centros daqui a seis meses, dois dias antes das eleições municipais de 6 de outubro (primeiro turno).
Aviação II – No release distribuído à imprensa, o vice-presidente institucional da Azul faz um alerta: “temos feito esforços, inclusive em parceria com instituições governamentais, no sentido de orientar os Clientes a procurarem primeiramente os canais de atendimento da companhia para resolverem suas demandas. Além disso, o setor hoje já tem uma forte regulamentação da ANAC, que é seguida à risca pela Azul”. Até parece que a busca do Judiciário pelos passageiros, que foram prejudicados com o descaso da empresa área com Rondônia foi ilegal. Que cancelamentos e atrasos de voos, prejuízos devido a impossibilidade de conexões, horas em aeroportos sem a mínima assistência, etc., etc. não são motivos legais para se procurar a Justiça. Se os passageiros não tivessem embasamentos legais para entrar na Justiça certamente não teriam ganho as causas.
Aviação III – A ampliação de alguns voos de Porto Velho para outros centros, só daqui a seis meses. Enquanto isso, quem quiser viajar de avião terá que pagar preços abusivos e, ainda, ficar na fila de espera para ver se consegue que as empresas Latam e Gol, além da Azul façam o favor de liberar um assento. Como é possível, que uma região em pleno desenvolvimento, mesmo com a covid-19 nos últimos anos, estiagem prolongada, chuvas em excesso continua crescimento, com o melhor BIP do País possa ser ignorada pelas companhias aéreas, que têm voos liberados para Rondônia sejam tão omissas com o jovem Estado. E a nossa “briosa” Bancada Federal se satisfaz com o caroço quando deveria ter a azeitona descaroçada para atender ao passageiros. Se Azul, Gol e Latam não querem operar em Rondônia, que a ANAC libere as rotas para outras aéreas, mesmo estrangeiras, como propôs a deputada federal Cristiane Lopes (PL-RO).
Respigo
Quem percorreu o interior do Estado na última semana foi o diretor-geral da Escola do Legislativo (EL), Alexandre Silva. Ele esteve com parte da equipe em Espigão do Oeste e Buritis onde estão sendo ministrados cursos de Oratória e Marketing Político, ambos com 20 horas/aula de duração, que serão encerrados sexta-feira (12) +++ A escola dos deputados disponibiliza cerca de 40 cursos visando o aprimoramento do servidor público da Ale, mas também mantém parcerias com câmaras de vereadores, prefeituras e outros órgãos públicos federal, estadual e municipal e as vagas excedentes abertas à comunidade em geral. A escola também chega ao interior, graças ao apoio do presidente da Ale-RO, deputado Marcelo Cruz (PRTB-PVH), e dos demais deputados +++ Com o fim das filiações partidárias aos pretendentes a cargos públicos (prefeito, vice e vereador) nas eleições de outubro, no último sábado (6), já é possível notar intensa mobilização dos pré-candidatos em busca do voto. Alguns, que geralmente passavam pelos colegas de trabalho com o peito estufado, como se fossem soldados marchando, agora, são solícitos, cumprimentam a todos +++ Nada a estranhar quando o assunto é política. É o fim da rosca...