Seduc de Confúcio mantém quase 50% de professores fora da sala de aula

30 de março de 2018 768

Eles estão espalhados por outras secretarias e funções diversas; e ainda, ex-comissionado da Caerd vai ter que devolver diárias que recebeu para viajar a não viajou, mas gastou o dinheiro –

Memória curta

As irmãs do governador Confúcio Moura andam apertando para que ele “seja candidato de qualquer jeito”, mas elas parecem ter esquecido de algumas coisas que ocorreram no passado bem recente, como a prisão de Francisco de Assis, cunhado de Confúcio, casado com Cláudia Moura, acusado de movimentar um gigantesco esquema de corrupção dentro do governo, revelado na Operação Platéias (2014) e ainda os famosos cheques da empresa Multimargem que foram parar nas contas de Moura e cia.

Para quem não lembra ou não acompanhou

Em 2012 o então presidente da Assembleia Legislativa, Hermínio Coelho apresentou denúncia contra Confúcio e Assis, afirmando que eles receberam, em um período de 9 meses, R$ 1 milhão 350 mil da empresa Multimargem (na época de propriedade do então secretário-adjunto de Saúde, José Batista que havia sido preso em 2011), como forma de propina pela manutenção dos contratos de empréstimo consignado da folha de pagamento do governo.

Pior

O dinheiro de um destes cheques, de acordo com denúncia que chegou à Assembleia, teria sido destinado  à primeira dama do Estado, a médica Maria Alice Moura. Outros valores foram parar na conta de uma empresa imobiliária, entre outros pagamentos que teriam beneficiado diretamente o próprio governador e sua família. A propina, de acordo  com a denúncia, era entregue ao cunhado do governador, Francisco de Assis que, além de de dinheiro, recebia também em cheques, cujas cópias foram entregue à Assembleia. Os cheques foram sacados na boca do caixa ou compensados, inclusive utilizados para pagamentos, dentre outros, de boletos, casa de materiais de construção e imobiliária.

Na época

Hermínio bem que tentou emplacar uma CPI, mas “forças ocultas” impediram os demais deputados de ir fundo na denúncia. O Ministério Público do Estado recebeu cópias tanto dos cheques, quanto da denúncia por escrito, encaminhou ao STJ que tramita o processo em sigilo. Só digo o seguinte, tic-tac.

Olha essa

Na última quarta-feira o senador Ivo Cassol “descascou” a presidente da Caerd, a empresa de águas de Rondônia, Iacira Azamor na tribuna do Senado. Pois então. Ela marcou para esta sexta-feira, 30, feriado, uma assembleia para apresentar o balanço da empresa e dizer que “está tudo certo” na Caerd. Conversa para inglês ver.

E essa?

Um ex-servidor comissionado da Caerd, que mantém estreitas relações com Iacira, terá que devolver mais de R$ 10 mil em diárias. O motivo? Ele recebeu mas não viajou, mesmo assim ficou com o dinheiro. Um relatório produzido pela divisão de controle interno da companhia alertou para o fato. O problema agora vai ser receber, já que o rapaz não integra mais os quadros da empresa.

Tem dinheiro e tem pessoal

Sabe o que não tem na Secretaria de Educação do Estado de Rondônia? Um gestor competente e boa vontade de resolver o problema dos profissionais em Educação. Para se ter uma idéia da desorganização que virou aquilo, um relatório do Tribunal de Contas, elaborado pela equipe de Controle Externo, em dezembro do ano passado, começa assim, “As informac?o?es sobre pessoal da SEDUC/RO encaminhadas pela Coordenac?a?o de Recursos Humanos por meio do ofi?cio n. 9541/2017-SEDUC/GAB (ID=495311, fls. 10) na?o conferem com a relac?a?o encaminhada via e-mail pela Gere?ncia Administrativa da SEDUC em 21/09/17, na qual constam 19.210 (dezenove mil, duzentos e dez) servidores, nem tampouco corresponde ao quantitativo cadastrado na base de dados encaminhada pela Secretaria de Administrac?a?o do Estado (SEAD) ao Tribunal de Contas por meio do Sistema Governa, na qual esta?o registrados 19336 servidores“.

Mas tem mais

O mesmo relatório indica que do total de 12.497 professores efetivos, 7.380 estão em sala de aula e incríveis 5.804, ou 44,02% estão fora, espalhados em outras secretarias ou em funções administrativas. Isso para atender um universo de 217.316 alunos da rede estadual. Ou traduzindo isso de forma bem didática, se pegarmos os 7.380/217.316 teremos uma média de 1 professor para cada 29.446 aluno. Se todos os professores estivessem em sala, essa média seria de 1 professor para cada 17.391 aluno. Viu a diferença?

Portanto

É evidente que os quase oito mil professores que lecionam estejam com “sangue nos olhos” em relação a um reajuste salarial. E também fica evidente a total falta de comando por parte do atual governo no que diz respeito a gestão e competência. É o governo da cooperação, cooperando com os amigos. Enquanto isso, o resto que ouça o som do silêncio, pois é só o que terão de Confúcio Moura.

E o cal?

Vereadores que apuram a compra gigantesca de cal pela prefeitura de Porto Velho não conseguiram encontrar o processo de compra do produto na secretaria responsável.

Enquanto isso

O presidente da Câmara Municipal de Porto Velho, Maurício Carvalho ainda não mostrou os três carros que foram comprados no final do ano passado pela Casa, a um custo de quase R$ 500 mil.

Recorreu

O governador Confúcio Moura ingressou na justiça contra a decisão da Assembleia Legislativa de suspender a criação de 11 novas áreas de reserva ambiental em Rondônia. Ele quer que o Judiciário interfira em decisão que cabe apenas ao Executivo e Legislativo.

Interessante

Que circula entre os grupos de produtores, cópia de um processo de pagamento a uma pequena empresa, no valor de aproximadamente R$ 30 milhões que deveriam ter sido usados nos “estudos de viabilidade” para a criação dessas reservas. Quem teve acesso ao documento garante que nem com muito, mas muito esforço poderia ter sido gasto todo esse dinheiro.

Número emblemático

Esse valor de R$ 30 milhões está se tornando cíclico em pagamentos do Governo da Cooperação, né? Vai ver tem alguma relação com o cósmico. Ou é falta de imaginação mesmo.

Sem trégua

E Confúcio anda doido para inaugurar o Anel Viário de Ji-Paraná, mesmo sem ele estar pronto e com aquela ponte (dos outros R$ 30 milhões) cheia de problemas. A culpa é do Sintero, que tem marcado cerrado sobre o governador, e não tem dado trégua. Dia desses estavam reunidos em frente a casa de Confúcio, em Ariquemes.

 

Como minimizar os efeitos na saúde do tempo que passamos na frente do celular e de outras telas

Passamos o dia inteiro olhando para telas: do celular, do computador – pessoal e do trabalho -, da TV, do tablet, do GPS, do caixa eletrônico. E é cada vez mais difícil calcular (e limitar) o tempo dedicado a essas telas. As preocupações sobre o dano produzido por passar tempo demais diante da tela – sobretudo usando as redes sociais – aumentaram”, diz Amy Orben, que investiga os efeitos das redes sociais nas relações humanas na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Mas quanto tempo é muito tempo? Para a doutora em psicologia experimental, definir uma quantidade correta de tempo para telas e redes sociais depende do “julgamento pessoal” de cada um. A psicóloga afirma que o tempo frente à tela pode ser comparado à ingestão de açúcar. “Em geral, a gente concorda que açúcar demais é ruim para a saúde. Mas o efeito depende de outros fatores, como o tipo de açúcar e a pessoa. O mesmo se aplica às redes sociais.” “Para cada 20 minutos diante de um computador ou dispositivo móvel, temos que olhar em direção a um objeto que esteja a 20 pés (seis metros) de distância durante 20 segundos ou mais. E assim os músculos dos olhos relaxam.” Outros especialistas, como os da Associação Canadense de Oftalmologia, também recomendam essa técnica. A oftalmologista Breth Lenox explica no site da organização que a 20-20-20 é “uma regra de ouro”. Além de afetar os olhos, passar tempo demais em frente à tela pode atingir outras áreas do corpo, como o pescoço e as costas.

PAINEL POLITICO (ALAN ALEX)

Alan Alex Benvindo de Carvalho, é jornalista brasileiro, atuou profissionalmente na Rádio Clube Cidade FM, Rede Rondovisão, Rede Record, TV Allamanda e SBT. Trabalhou como assessor de imprensa na SEDUC/RO foi reporte do Diário da Amazônia e Folha de Rondônia é atual editor do site www.painelpolitico.com. É escritor e roteirista de Programas de Rádio e Televisão. .