SOS Centro histórico
O centro histórico de Porto Velho está caindo em ruínas. O comércio na região que já teve seus dias áureos está em queda livre, com as cracolândias se multiplicando e o próprio Palácio Presidente Vargas, que abrigou tantas administrações dos governos territoriais estaduais, está entregue às baratas. Some-se a isto a triste situação portuária do Cai’Água, ao lado do Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. É uma situação lamentável que vem se arrastando há quase meia década, e agravada com o desastre natural de 2014.
Urge a revitalização do centro histórico. Nas ruas adjacentes da Praça Getúlio Vargas existe grande número de lojas fechadas e tomadas pelos viciados em drogas, os temíveis “noiados”. Nesta região, onde também está a sede da Unir-centro, encontra-se também o Paço Tancredo Neves, sede do governo municipal a apenas 100 metros desta região abandonada. À noite, aquelas redondezas se tornaram de risco para os transeuntes.
Entendo que a prefeitura, o governo do Estado e as associações comerciais e de lojistas deveriam se unir em torno da revitalização. A perdurar esta situação teremos migração em massa dos comerciantes e lojistas para outros centros comerciais em expansão.
Clãs mobilizados
Os clãs políticos regionais estão mobilizados para mais uma campanha. Em Villhena e Sul do Estado a dinastia dos Donadon; em Rolim, Zona da Mata e região do Café, o clã dos Cassol, dos Expeditos, dos Raupp, dos Neri e dos Oliveira; em Jaru e Bacia Leiteira, o agrupamento dos Muleta; em Ariquemes e Vale do Jamari, o clã dos Amorim. Outras dinastias estão se formando, e o modus operandi está chegando à capital, onde vereadores e deputados começam a formar suas dinastias.
Racha evangélico
O excesso de candidatos a cargos eletivos pelo segmento evangélico em 2018 deve ocasionar uma pulverização de votos nas igrejas, podendo influenciar até em prejuízos nos projetos de reeleição dos atuais deputados estaduais e federais, ligados ao setor cristão. Sabe-se que algumas regiões de Rondônia detêm a maioria da população evangélica. No Estado, o IBGE estima que mais de 30% da população pertença ao meio.
Os fora da lei
Critica-se o excesso de foras da lei na esfera federal, com expoentes da Lava Jato ocupando cargos importantes, mas nas gestões estaduais e municipais o cenário não é diferente. O crime organizado está entranhado em governos estaduais e prefeituras, e por isto tanto ficha suja ocupa cargos de destaque, o que é encarado com naturalidade pela classe política.
A recuperação
Com derrotas seguidas ao governo do Estado e outros cargos eletivos desde a década passada, a ex-senadora Fátima Cleide (PT), funcionária do Instituto Lula, em São Paulo, vai buscar a sua reabilitação nas eleições de outubro em Porto Velho. Para não conflitar com os interesses do cacique Roberto Sobrinho, que entra na peleja por uma cadeira na Assembleia Legislativa, ela terá a opção de disputar vagas à Câmara dos Deputados ou ao Senado.
Com mea culpa
Com um “mea culpa” sobre a situação da saúde no município de Porto Velho, um dos segmentos piores avaliados no seu primeiro ano de mandato, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) prometeu se reabilitar em 2018, tornando o ano da saúde. Em 2017 nem os anunciados “corujões da saúde” (plantões noturnos) deram certo. Além da saúde, as alagações deterioraram os índices de popularidade no início de sua gestão.
Via Direta
*** No México, algumas cidades já estão trocando a polícia tradicional por milícias locais para melhorar a segurança das suas populações ***É que a necessidade em países como o Brasil e o México faz o sapo pular, e com isto a busca de soluções inovadoras *** Trocando de saco para mala: a crise atinge mais da metade dos municípios rondonienses que sofrem com atraso no pagamento de funcionários e fornecedores *** Mas existe otimismo para que tudo melhore em 2018.
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br