Tristes lembranças
O ano de 1981 ficará marcado eternamente na memória da população brasileira, mas principalmente na região amazônica, pelos dois grandes naufrágios – os maiores ocorridos no País até hoje – que levaram a vida de mais de 800 passageiros. Passados 36 anos, com a frota de embarcações envelhecidas e superlotações de passageiros ou excesso de cargas nos principais portos da região o risco de novas tragédias na Amazônia ainda é imenso.
O primeiro grande naufrágio ocorreu em 06 de janeiro de 1981 com o navio Novo Amapá, no rio Cajari com 378 vítimas e o segundo, no rio Amazonas, com a embarcação Sobral Santos, com cerca de 350 mortos. A Amazônia, perplexa, com as grandes embarcações indo a pique, entrou em luto durante anos e os sinistros acontecimentos são lembrados até hoje.
Dos sobreviventes das grandes tragédias restaram depoimentos emocionantes dos resgates e de famílias inteiras desaparecidas nas águas dos rios. Uma das embarcações foi recuperada e com o nome trocado pelo seu proprietário para não espantar os clientes opera até hoje linhas comerciais no trajeto Manaus-Belém, sempre lotado com cargas e passageiros.
Cenário político
Passado o Natal, temos o Ano Novo para festejar e ainda o carnaval, para logo então, a campanha das eleições 2018 ganhar corpo. Mas as definições mais importantes devem ocorrer em março com as desincompatibilização do governador Confúcio Moura, possível candidato ao Senado e de pelo menos meia dúzia de secretários do seu primeiro escalão. A partir daí, então, as alianças começarão a se fechar.
Só especulações
Algumas candidaturas ao governo de Rondônia acabaram apenas no terreno das especulações e logo esvaziadas. São os casos do ex-senador Ernandes Amorim em Ariquemes (PTB), do ex-prefeito de Porto Velho José Guedes (PSDB). No PT chegou a ser ventilada a postulação do ex-prefeito Roberto Sobrinho, mas nos bastidores se sabe que ele está em preparativos para disputar uma cadeira a Assembleia Legislativa.
MDB rachado
O MDB está em vias do maior racha da sua história em Rondônia. Ocorre que se o governador Confúcio Moura for candidato ao Senado terá que pular para outra legenda (PDT ou PSB, são as siglas prediletas) já que não teria candidatura assegurada no partido com domínio raupista. E deixando o MDB, lideranças de todo o Estado devem acompanhar o mandatário rondoniense causando graves perdas dos quadros governistas.
O efeito manada
Para o que servem as pesquisas eleitorais elaboradas a um ano das eleições? Os últimos pleitos realizados em Rondônia, como a virada de Confúcio sobre Expedito em 2014 e a reviravolta de Hildon Chaves sobre Leo Moraes em 2017 aconteceram nos últimos quatro dias antes do pleito e em algumas regiões do Estado, como em Porto Velho, num efeito manada, a um dia da votação. Nem pesquisa realizada há 15 dias da eleição já é confiável nestas bandas.
Chapão oposicionista
Um chapão oposicionista se coligando para a peleja da Câmara dos Deputados deverá colocar no mesmo palanque nomes do calibre como os do ex-deputado federal Carlos Magno (PP-Ouro Preto do Oeste), do deputado federal Luis Claudio (PR-Rolim de Moura), Jaqueline Cassol (PP-Cacoal), deputado federal Expedito Neto (PSD-Rolim de Moura), Tiziu (Solidariedade-Ariquemes), Lizandra Rover (PP-Vilhena), entre tantos. É um time respeitável e tem dois deputados federais na busca da reeleição.
Via Direta
*** Impressiona o número de adolescentes desaparecidas em Porto Velho e tantos casos insolúveis nas investigações policiais nos últimos anos *** As empresas dedicadas a reparos de telhados estão bamburrando. Eta terrinha para dar goteiras *** Trocando de saco para mala: O abastecimento de Rondônia de batatas a banana, de tomate a cenoura continua procedente de Estados do sul do País *** Rondônia só quer saber de gado, soja e peixe…
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POLITICA & POLÍTICOS (CARLOS SPERANÇA)
Colunista político do Jornal "DIÁRIO DA AMAZÔNIA", Ex-presidente do SINJOR, Carlos Sperança Neto é colaborador do Quenoticias.com.br. E-mail: csperanca@enter-net.com.br