TUDO DEPENDE DA EDUCAÇÃO
Uma das causas de haver tanta violência, desrespeito, e falta de hombridade, é devido à forma como estamos a educar os nossos filhos.
Outrora, no tempo dos nossos avós, as crianças, eram, em regra, criadas sob rígida disciplina. Não faltavam severos corretivos, e humilhações, tanto em casa, como na escola.
Tal educação, cerceava iniciativas, e incutia medos e complexos que acompanhavam as crianças mais sensíveis, pela vida fora.
Se a educação austera, é perniciosa e traumatizante, a que atualmente, a maioria dos pais, administram, não é melhor.
Julgando, que, suprimindo qualquer forma de disciplina, estão a dar provas de carinho, deixam a criança crescer, sem limitações, sem regras: cívicas e morais.
O resultado é: virem a ser adolescentes, que não respeitam ninguém, nem os próprios progenitores.
Dai advêm o desrespeito, em que se vive na escola, a delinquência, e o “bulling”, a colegas e professores.
A criança, quando é criada sem regras e disciplina, dificilmente reconhecerá a autoridade, e mais tarde, tornar-se-á, num revoltado, contra a sociedade em que vive: - Será contra tudo e contra todos.
Como primeiros educadores, a obrigação dos pais é ajudá-los a formarem o carácter – que é o conjunto de hábitos, que foram adquiridos desde a meninice.
Cabe, aos que realmente amam seus filhos, tentarem que estes criem bons hábitos; que, por sua vez, irão, no futuro, plasmar a personalidade e o carácter.
Os pais – além de afectos, – devem auxiliá-los a pensar e a raciocinar, para mais tarde serem capazes de enfrentarem dificuldades, que forçosamente irão deparar.
Ao escrever “auxiliá-los”, não pretendo dizer: impor-lhes regras inflexíveis, coagindo-os, pelo medo, a obedecerem, cegamente.
À medida que crescem, as crianças, ganham o direito de tomarem decisões; de poderem fazer escolhas.
Infantilizá-los, tratando-os como se fossem sempre meninos, é tão prejudicial, como deixa-los à deriva, sem qualquer limite.
Em suma: Nem autoridade excessiva, nem liberdade sem balizas, mas, principalmente, educar-lhes a alma, para virem a ser cidadãos responsáveis, de boa formação moral.
Mostrar-lhes, não apenas com palavras, mas, mormente, com: exemplos e boas condutas, a vereda do bem, para que aprendam, por imitação, e depois pelo hábito, serem: justos, caridosos e honestos.
Se me perguntarem: se é possível, sem religião, e sem fé adulta em Deus, o adolescente, formar bom carácter. Responderei: que duvido.
Mas, pode ser que sim…; mas será tarefa árdua, de resultado duvidoso.